Wellington Duarte

07/08/2017 09h29
A divulgação de uma nova pesquisa eleitoral da Vox Populi, encomendada pela CUT, deixou certamente muitos brasileiros que tem ojeriza ao “sapo barbudo”, bastante contrariados, já que a pesquisa foi feita DEPOIS que Lula, O Diabo Vermelho, foi condenado pelo Inquisidor Moro, numa sentença que qualquer cidadão sem conhecimento jurídico, que é o meu caso, se assombra com a desfaçatez do juiz tucano, e mostra que as pessoas, que começaram a sentir os efeitos da perversa política econômica empurrada goela abaixo pelos golpistas, começaram a comparar os tempos em que Lula era presidente da antiga República Federativa do Brasil, com a República dos Ladrões dos tempos presentes.
 
A economia brasileira já está em frangalhos e os espasmos comemorados pela Globo e por economistas de má fé, mostram que a tal “recuperação” encontrará um país semi-destruído, assustado, derrotado e sem esperanças. Em nome de um “novo Brasil”, os golpistas da “Ordem e Progresso” estão fazendo um trabalho de destruição social que a economia, ao voltar a crescer, e certamente irá voltar, será sob novas bases, onde a população irá pagar caro pela “quartelada parlamentar-judiciária” de 2016.
 
Os 23 milhões de empregos com carteira assinada, criados entre 2003 e 2014, com a CLT vigorando, mesmo sendo fatiada e dilacerada pela Judiciário, já são números do passado; a taxa de desemprego, que entre 2003 e 2014 despencou de 14% para 4,8%, voltou ao mesmo patamar de 2002; o salário-minimo, que cresceu 70% REAIS nesse período, já está devidamente condenado a crescer menos que qualquer tipo de inflação; e a informalidade, que caira de 60% para 46%, já dá claros sinais de crescimento avassalador. Os “treze anos de roubos dos petralhas”, o mantra dos beócios de plantão, trouxe alento para quem vivia na ponta de baixo da pirâmide social e agora a pirâmide volta ao “normal”.
 
E os fariseus golpistas, agora tem de explicar à população onde diabos está a tal “modernidade”, se tudo que eles tem feito até agora foi para proteger o setor financeiro e arrasar com os trabalhadores, que a partir de novembro de 2017, viverão de “bicos legalizados”, com a “liberdade de negociar diretamente” com o patrão e com o cenário bizarro de um mercado de trabalho tão moderno que o conceito de “servidão colaboradora” poderá até ser criada, de tão submisso o trabalhador irá ficar diante do seu “dono”.
 
Sem os sindicatos para “atrapalhar” a extração da velha e presente mais-valia (mais valor), já que estes serão condenados a desaparecer devido ao fim do imposto sindical, comemorado contraditoriamente pela CUT, o empresariado vai deitar e rolar, sob os auspícios dos juízes, desembargadores et caterva, que poderão descer o martelo na cabeça dos assalariados sem ter receio de estarem fora da lei, e ainda receberão mais “presentes” do governo golpista, caso se dê a aprovação da tal Reforma da Previdência, uma proposta que é escabrosa, mas que num regime de exceção tem a força e o poder dos que tomaram o poder e que defendem essa verdadeira “limpeza” no mercado de trabalho.
 
O teto dos gastos, uma panaceia mentirosa enterrou o futuro dos municípios e estados, reduzindo seus governantes a síndicos que, no máximo, serão pedintes de emendas orçamentárias dos seus senhores feudais, os deputados federais e senadores, e condenarão os serviços públicos locais a serem tudo, menos públicos, impondo à esmagadora maioria da população a viverem de sobressaltos diante da penúria que já se mostra nos serviços básicos como educação, saúde e segurança, fazendo ressurgir a barbárie e os discursos claramente fascistas que jogam os princípios civilizatórios para o esgoto em nome de uma “estabilidade” que só se verificará nos cemitérios.
 
Sem ter de defender suas concepções arcaicas de mundo num processo eleitoral, os golpistas se refestelam com a escancarada compra de votos no parlamento para garantir a permanência do Traidor Temer, mas se engasgam com a Jararaca, que não se dá por vencida e assume o protagonismo de retomar os trilhos do desenvolvimento, mesmo que isso dê em meio a um certo messianismo, exemplo de como o desespero começa a tomar conta das massas.
 
A penúria social que se desenha num futuro próximo fortalece a Jararaca que ao se defrontar com os Polichinelos da Farsa a Jato, que ceifou cerca de 5 milhões empregos sem diminuir um centavos dos seus polpudos salários e outros trambolhos que lhes dão renda muito acima dos padrões até mesmo de uma classe média metida a chique, e com o Inquisidor Moro, torna-se um gigante político enquanto esses mostram-se anões de jardim, inertes e que podem se tornar penduricalhos para os golpistas que poderão descarta-los caso atrapalhem a “ordem natural” do Golpe.
 
Lá vem o Brasil descendo a ladeira....

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