Wellington Duarte

20/02/2024 06h50

 

Lula condenou o governo de Israel e os chiliques pseudo-sionistas começaram

 

O chilique de setores da mídia, de deputados de extremíssima direita, de sionistas nazistas, pela fala de Lula, quando teceu duras críticas ao Estado de Israel, que desde 2018 DEIXOU DE SER UM ESTADO LAICO, um Estado que usa sua poderosa máquina militar para fulminar um povo inteiro.

Alguns apressadinhos podem ficar com pelos eriçados e afirmar que o que o governo (não o povo!) de Israel está APENAS respondendo ao sanguinário ataque do Hamas, que matou cerca de 1.200 israelenses. O estranho, nesse caso, é o fato de que o Mossad, uma das agências mais poderosas do mundo, em termos de espionagem e de segurança, não tenha tido a capacidade de acompanhar a organização do ato terrorista, que, segundo especialistas, pode ter levado meses de preparação.

A resposta de Israel, ao invés de focar no grupo, que no começo da sua existência, teve a simpatia do então governo israelense, preferiu exterminar toda uma população. Sim, são, ou eram, cerca de 2,4 milhões de pessoas, espremidos e cercados, desde a década de 90, numa faixa de terra com 365 Km² que, na verdade não mostra exatamente o que é dado que a esmagadora maioria vive empilhada (são 600 mil pessoas) em 45 Km², na Cidade de Gaza, ou seja, 25% da população da Faixa de Gaza vive aí.

Israel decidiu, então, destruir o Hamas, mas o governo israelense, parece querer ir além: quer anexar pura e simplesmente toda a Faixa. Para isso promove um genocídio a céu aberto, nas barbas das chamadas “democracias ocidentais” e aplaudido de pé pelas forças nazistas sionistas e de outras vertentes.

Mas Lula não pode falar. Deve ficar caladinho. Que interessa se as próprias agências humanitárias da ONU já afirmaram e reafirmaram uma catástrofe de proporções ainda desconhecidas? Que interessa se das quase 30 mil mortes, catalogadas nos morgues palestinos, quase 15 mil são crianças? Se o Hamas, a única fonte de informação que existe em Gaza, já que os jornalistas não israelenses se tornaram alvos da máquina de matar fugiram em desabalada carreira, senão morreriam, diz que podem existir, entre os escombros, milhares de corpos, que interessa isso?

A seletividade, típica da extrema-direita, relativizar as mortes palestinas, não é novidade. Na verdade, se formos MINIMAMENTE inteligentes, veremos que a matança sionista vem desde o momento em que Israel cercou a Faixa de Gaza. E quando falo em “cercar”, estou falando de ter 100% do controle sobre o fluxo de alimentos e remédios para essa população. Já são quase duas décadas.

E, quer dizer que Lula não pode apontar o dedo para o genocida que governa Israel, o tal "Bibi" Netanyahu? É muita falta de empatia dessa caterva e não é surpresa que os chiliques venham dos liberais de proveta, dos conservadores anacrônicos, da extrema-direita fascista e dos bobões que, desconhecendo a história, preferem atender ao “apito de cachorro” da barbárie.

Lula falou como um estadista, falou como humanista.

A caravana passa e os corvos e abutres grasnam.

 


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