Tiago Rebolo

27/06/2014 23h21

Croácia, México e Camarões. Nenhum dos três adversários que a seleção brasileira enfrentou na primeira fase da Copa do Mundo foi capaz de derrotar o time canarinho. Quem mais chegou perto do feito foram os mexicanos, que arrancaram um empate suado em Fortaleza, na segunda rodada. Graças, é bom dizer, ao dia milagroso do goleiro Ochoa. No entanto, apesar de não ter enfrentado maiores percalços nos três primeiros jogos do Mundial, a seleção brasileira não conseguiu apresentar o bom futebol que a torcida esperava. Não emplacou. Ao menos, essa é a percepção que ficou após os quinze dias em que está tendo Copa.

A pressão é grande. Os jogadores sabem disso. Felipão, principalmente, sabe que, mais do que ganhar dentro de campo, precisa ganhar fora dele. Mais do que a “simples” vitória, a torcida quer o show, o baile. O próximo desafio acontece logo mais às 13h, quando o Mineirão será palco do jogo contra a seleção do Chile, uma das sensações da primeira fase. Quem vencer passa direto para as quartas de final.

Os chilenos querem quebrar o retrospecto negativo e instalarem a zica total na Copa brasileira e serem de vez os fenômenos deste Mundial. Sampaoli foi taxativo: “nós precisamos enfrenta-los com valentia, rebeldia e convicção”. E emendou: “o Chile não precisa ter medo”. “Queremos que seja um dia histórico. Para mim e para o Chile”, discursou o treinador de Vargas, Vidal, Sanchez e companhia.

Sabendo da força e da vontade deles, o comando técnico brasileiro calçou as sandálias da humildade e decidiu não mordiscar a polêmica. Porém, a família Scolari precisa entrar na partida com a mesma garra e determinação dos chilenos se quiser ter o que comemorar no apito final do inglês Howard Webb. O clima é favorável para o Brasil; historicamente o adversário não mete medo e foi derrotado outras vezes com facilidade. Mas agora o Brasil precisa de mais. Precisa ganhar e convencer.


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