A linha tênue entre esperar e a perda de tempo
Nunca se refletiu tanto sobre o conceito de viver como esses últimos tempos. Nunca se ouviu falar tanto em vida e morte em toda a história da humanidade.
O tempo também está no ranking dos assuntos mais comentados. Se você acha que não, pare, pense e reflita.
Nesses últimos dois anos com a pandemia, você sente que viveu a vida?
Sente que procrastinou muitas coisas que deseja ter realizado?
E quanto aqueles que colocaram seus projetos na gaveta... Será que hoje encontraram tempo e disposição para colocá-lo em ação?
Há uma misteriosa linha entre o tempo e a perda de tempo. Nunca sabemos ao certo se estamos andando sobre a linha menos dramática. Particularmente tenho a sensação que durante esse ano de 2021, em meio sobre o céu dramático da pandemia, em muitos momentos perdi o foco e fiquei presa na bolha de gastar o tempo. Seja para escrever, ler, conhecer pessoas virtualmente, ou qualquer outra coisa que me agradasse e me fizesse sentir viva. Sob a inocência, achei que eu tivesse apenas esperando... Esperando a vacina, a liberação, o mundo voltar ao normal.
Me arrependo. Ah, se eu pudesse voltar lá! Dia 1 de janeiro de 2021.. Faria tudo diferente. Aproveitaria melhor o meu tempo, gastaria melhor minhas energias, mesmo que sob o confinamento.
Alguém me disse que pelos olhos da espiritualidade temos um prazo de vida cumprir na terra. Ao ouvir, senti um desespero correr sobre minhas pernas: Será que ando aproveitando enquanto estou na terra ?
O tempo e sua fome. Atravessa e devora, quando damos conta já passou, quem aproveitou, viveu. Renderá ótimas memórias.
Quem não aproveitou, não terá tempo para renovar seu contrato e efetivar seu "prazo de validade"... Apenas restará a amarga sensação do arrependimento perpétuo.
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