11/01/2022
Por: Jessyanne Larissa
A inflação oficial do Brasil fechou o ano de 2021 com 10,06%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aponta forte influência dos preços dos combustíveis para a alta do índice.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a primeira vez desde 2015 que a inflação ficou acima de 10%, quando o IPCA foi de 10,67%. Em 2020, o índice foi de 4,52%
A gasolina, item de maior peso no IPCA, acumulou alta de 47,49% ano ano, e o etanol, 62,23%. Isso afeta diretamente o setor de transportes que variou 21,03% no ano.
A inflação registra um acumulado acima do teto da meta para 2021, que era de 5,25%. Sendo o dobro do esperado, é a primeira vez desde a recessão que a inflação oficial estourou o limite do sistema de metas.
Com a divulgação do índice oficial de inflação nesta terça-feira pelo IBGE, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, terá que enviar uma carta pública ao ministro da Economia, Paulo Guedes, explicando as razões para o descumprimento da meta.
Inflação em 2021 para cada um dos 9 grupos
- Alimentação e bebidas: 7,94%
- Habitação: 13,05%
- Artigos de residência: 12,07%
- Vestuário: 10,31%
- Transportes: 21,03%
- Saúde e cuidados pessoais: 3,70%
- Despesas pessoais: 4,73%
- Educação: 2,81%
- Comunicação: 1,38%