Claudino Leite

11/09/2012 10h18

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do recenseamento 2010 revelou um mapa marcado por uma diversidade religiosa, apontando algumas tendências evidenciando, como a diminuição dos católicos romanos, que caíram de 73,6% para 64,6%, e o crescimento dos evangélicos, sobretudo pentecostais, que passaram de 15,4% para 22,3%. Numa população de 190,7 milhões de pessoas, os católicos romanos somam 13,2 milhões e os evangélicos 42,2 milhões, dos quais 25,3 milhões de origem pentecostal. Verificou-se ainda na última década um aumento percentual dos sem religião, mas um pouco abaixo do esperado, de 7,4% para 8,0% (15,3 milhões). O país permanece com uma marca crista, já que 86,8% da declaração de crença do último censo girou em torno das tradições católica ou evangélica. As outras tradições religiosas no Brasil ainda são tímidas, em termos numéricos, ainda que sua influência possa ser maior que a expressa nos simples dados, como no caso do espiritismo, que, apesar de comportar apenas 2,0% da declaração de crença (3,8 milhões), tem uma ressonância social bem maior no país. As duas grandes expressões das tradições religiosas afro-brasileiras, a umbanda e o condomblé, continuam tendo o mesmo registro estatístico do censo anterior, com 0,3% de declaração de crença (umbanda com 47,3 mil e candomblé com 167,3 mil). As demais religiosidades permanecem apertadas numa estreita faixa de 2,7%, onde estão incluídos algumas que começam a despontar com uma presença mais definida: budismo (243,9 mil), judaísmo (107,3 mil), novas religiões orientais (155,9 mil) e o islamismo (35,1 mil). Há também nesse bloco a presença das tradições indígenas,cuja declaração de crença envolveu 63 mil pessoas.


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