Evandro Borges

01/01/2021 00h16
 
Hoje é sexta-feira, primeiro de janeiro
 
Hoje é dia primeiro de janeiro, considerado dia internacional da paz, que o mundo está precisando muito. Distensão. Convivência na casa comum no planeta terra. A jornada humana precisa ficar mais amena. O caminho deve ser das negociações dos conflitos. Da busca da formação dos consensos. É preciso respeitar a autonomia dos povos, suas identidades e raízes. 
 
Desejar paz neste fim de 2020 e início de 2021 virou um jargão, mas, com tantas violências e intolerâncias, a paz e a capacidade de diálogo são dimensões essenciais, pois é preciso conviver com os antagonismos, com o confronto de ideias, de posicionamentos, de blocos diferentes, de regiões distintas, de gêneros e gerações com as suas próprias especificidades.
 
A sociedade brasileira cansou com tanta violência contra a mulher, e ainda mais no âmbito familiar. O Estado está se mostrando ineficaz para romper este obscurantismo. A todo o momento, aqui e ali, pipoca em todas as classes sociais o crime de “femenicídio”. O homicídio praticado em razão da condição de mulher. O que é preciso compreender que a mulher não é uma propriedade e com direito de se apoderar na sociedade.
 
O crime organizado, que deixaria o cangaço como um ingênuo, em muitos locais, parece até que capturou o aparelho administrativo, sendo mais expressivo o Rio de Janeiro, com entra e sai de governadores e prefeitos, todos pegos com malversação de recursos e com forte presunção de corrupção, “rachadinhas”, desvios de finalidade, atrapalhando as políticas públicas de chegarem aos seus alvos.
 
A violência de furtos e roubos, arrombamentos bancários, homicídios, pequenos sequestros, estupros, tem sido uma constante, em que pese se reconhecer os esforços da Polícia e de Governos, na incorporação de contingentes de segurança, na aquisição de equipamentos e armamentos, no investimento da inteligência e no monitoramento com câmaras.
É preciso tomar as lições da pandemia que continua matando tanta gente, abreviando a vida humana, deixando as famílias e amigos enlutados, e tantos outros curados com sequelas,  mais solidariedade, fraternidade, e principalmente, se deve diminuir o fosso entre as classes sociais, ensejando uma crítica severa ao neoliberalismo exacerbado com diminuição de direitos,  até mesmos os compensatórios.
 
Neste primeiro de janeiro de um novo tempo, que venha a vacina, que já chegou a mais de quarenta países, que se prepararam melhor, não teve tanto uma corrente negativista, que chegou até a questionar a ciência, ao uso de uma máscara de proteção para mitigar a expansão do coronavírus. Faz-se necessário juntar as mãos e lutar por consensos e pela razoabilidade, evitando os excessos.
 
O momento é de esparançar, parafraseando Paulo Freire o patrono da Educação brasileira, de buscar energias renovadas, de juntar forças e unidades, para o enfrentamento dos desafios que serão enormes, de bater a poeira, e cerrar fileiras nas trincheiras do pluralismo e da democracia, com muito entusiasmo contagiante, pois a felicidade deve ser para todos. 
 

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