Rio Grande do Norte
RN tem a menor taxa de mortalidade por infarto do Nordeste e a 4ª do Brasil
21/05/2025 12h02
Foto: Reprodução / Arquivo / Sesap
O Rio Grande do Norte conquistou um marco importante na saúde pública: é o estado com a menor taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio (IAM) do Nordeste e a quarta menor do Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (DATASUS). Em 2024, a taxa registrada foi de 5,82%, resultado de uma política estadual focada na ampliação do acesso a medicamentos e procedimentos de emergência.
Entre 2019 e 2024, o RN reduziu sua taxa de mortalidade por infarto em 39,47%, muito acima da média nacional (21,2%) e regional (22%). Esse avanço é atribuído à implantação, em 2022, da Linha de Cuidado em Infarto Agudo do Miocárdio, pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A medida transformou o enfrentamento a uma das principais causas de morte no estado.
O destaque vai para o aumento de 316% no investimento em medicamentos trombolíticos, que dissolvem coágulos em casos de infarto. O valor investido saltou de R$ 343,5 mil em 2022 para R$ 1,42 milhão em 2024. O número de procedimentos de trombólise passou de 63, em 2019, para 262 em 2024, contribuindo diretamente para salvar quase 200 vidas a mais.
“Os números mostram que a qualificação da rede de saúde, especialmente a criação da linha de cuidado do infarto, está dando resultados. São inúmeras vidas salvas, a partir do esforço de muita gente e do investimento que vem sendo feito pelo Governo do Estado”, afirma o secretário de Estado da Saúde Pública, Alexandre Motta.
A estratégia inclui treinamentos para equipes médicas, gestão aprimorada dos recursos e ampliação do acesso a cateterismos e trombólises. O cardiologista Rodrigo Bandeira, coordenador da linha de cuidado, destacou que a redução da mortalidade “reflete o impacto transformador de políticas públicas bem estruturadas no SUS”.
A previsão, com base nos dois primeiros meses de 2025, é que até o fim do ano o estado realize 330 trombólises, consolidando ainda mais o RN como referência nacional em políticas de saúde cardiovascular.
“Esses avanços significam mais esperança e qualidade de vida para nossa população”, reforçou a subcoordenadora da Sesap, Walkíria Nóbrega.