A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários.
Prezados leitores,
A coluna de hoje traz um “conto-crônica”, do escritor e poeta José de Castro. Além de pertencer à SPVA/RN, o autor é também afiliado à União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Norte – UBE/RN, e ocupa a cadeira 11 da Academia Internacional Poetrix. Ele escreve para adultos, para adolescentes e, principalmente, para o público infantil. Dentre suas obras para crianças, podemos destacar o seu livro de estreia, “A marreca de Rebeca”, e outros como “A cozinha da Maria Farinha”, “Poemares”, “Brincadeiras Poemantes”, “Vaca amarela pulou a janela” e “Quem cochicha o rabo espicha”, estes dois últimos contemplados no Programa Nacional do Livro Didático – PNLD do MEC/FNDE, com distribuição nacional para escolas públicas. Seus livros vêm sendo adotados em escolas, tanto no RN quanto em outros estados da federação.
E NUNCA MAIS...
Ela era a mais linda mulher que eu jamais vira em minha vida. Como num sonho, contemplei-a deslocando-se etérea como um anjo, a desfilar toda a sua graça pela praia. Ondas preguiçosas lambiam seus pés, seus cabelos voavam à brisa daquele fim de tarde. Um halo de luz dançava nos seus longos caracóis dourados.
Aquela mulher era tudo o que um homem sonhou ou imaginou. Tudo o que um homem espera contemplar em uma mulher. E algo mais. Trazia um ar enigmático, um quê de princesa e fada.
Como o vento, passou. Deixou apenas aquela imagem nítida, marcada para sempre na minha retina. Nunca mais a vi. Até hoje, ainda fico pensando: teria sido realidade ou sonho?
Por isso, volto àquela praia quase todos os finais de tarde, sempre naquele mesmo horário. Quem sabe os desígnios que o destino me reserva? A esperança, dizem, é a última que morre.
Eu só não entendo uma coisa: por que eu não tive coragem de abordá-la, de dizer um “olá, boa-tarde... Posso caminhar um pouco ao seu lado?”
Ah, se arrependimento matasse! Mas, fazer o quê? Penso que tive medo de desfazer a magia daquele instante. Na verdade, eu não queria descobrir ou perceber algo que não combinasse com o mistério que a envolvia.
É isso: eu não quis estragar o encanto que me alumbrava naquele momento. Assim, poderia guardá-la intacta em minha mente, como num cofre para sempre selado: uma deusa sem mácula, um anjo de beleza infinita desfilando ao pôr do sol, uma recordação perfeita, feito uma dama eternizada numa tela de Édouard Manet.
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ATÉ BREVE!
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Revisão: José de Castro
Coordenação da no âmbito da SPVARN: Adélia Costa
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