A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários.
Prezados(as) leitores(as),
Na coluna SPVARN deste domingo, a poeta Silvana Flor nos presenteia com um “chamingo” em forma de poema. É filha do sítio Lagoa do Cipoal, município de Passa e Fica. Nasceu pelas mãos de uma parteira no acender de uma fogueira, véspera de São João. Hoje reside em Barueri-São Paulo, mas continua com o umbigo enterrado no seu solo primordial. Sua maior influência no âmbito do cordel foi seu irmão, o cantor Nelson Ribeiro, o qual lia cordéis para ela. Após isso, ela se viu encantada por Amazan, um amigo que admiravelmente a fez amar muito mais a poesia. Iniciou-se na contação de histórias durante a pandemia, influenciada por uma prima, a escritora Dora Duarte. Através dela, Silvana foi inserida na Associação Artística-Cultural Mãos que Tecem Histórias, de Santa Catarina, da qual participa até os dias atuais e atua como segunda secretária, integrando a Diretoria de Arte e Cultura. Passa e Fica é a sua maior inspiração e, por onde vai, leva o nome da cidade com muito orgulho do seu solo Potiguar. Esse ano, está atuando na coordenação do projeto Romaria das Histórias junto ao grupo GWAYA e perante a Universidade Federal de Goiás. Assim verseja a nossa escritora: “Meu coração pulsa poesia! / Minhas artérias gritam o orgulho de ser filha do Rio Grande do Norte.”
CULTURA NORDESTINA
Os sertões que me formaram
No Paradigma dessa existência
São a matriz da minha essência
E com o êxito me diplomaram
Meus caminhos me exaltaram
Pela lente da arte e da literatura
Minha identidade tem a bravura
E o calor do sol nascente cultural
O espetáculo deste solo maternal
É meu devocionário e estrutura...
Abro a porta da minha história
Nesta peça séria que é meu viver
O espetáculo e a estirpe que se vê
São heranças costumes e memória
Que percorrem as raízes notórias
Dos saberes do elo arquitetural
São notáveis nessa veia cultural
Instrutiva do Nordeste e do sertão
Sou totalmente face e vida então
Da minha origem mais natural...
Sou sensibilidade mais Nordestina
Enraizada na arte e naturalidade
Sou cultura, história e identidade
Sou a riqueza da região que fascina
Sou tradição, expressão da menina
Das raízes Nordeste tão folclóricas
Conexões arte e cultura históricas
Do contexto de todos meus valores
Minha terra agrega arte e sabores
E uma cultura rica e tão categórica...
O sertão poético da minha métrica
É a minha manifestação ritmizada
Que emerge da região enfatizada
Da arte e xilogravura da simétrica
Da história e da poesia quilométrica
Que nasce da cultura arquitetônica
Da composição e melodia sinfônica
Que nasce do precioso solo santo
Que banha e que cobre com manto
Das preciosidades desta crônica...
Fui mesclada por partículas culturais
Desde o embrião por toda existência
O pulsar da arte é o rumo e a ciência
Meu elo das entranhas tão naturais
O meu cordão umbilical traz, aliás,
A xilo da cultura nordestina fixada
Nosso solo é a moldura simplificada
Da arte mas bela desta região
Por isso sou semente raiz e tradição
Sou DNA dessa terra bem marcada...
Eu sou sertão
Sou cultura
Sou Nordeste
Sou a veste
Da cultura
Da região....
Para conhecer mais sobre a poética e a atuação da escritora e contadora de histórias Silvana Flor entre em contato conosco através de nossas redes sociais.
ATÉ BREVE!
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Revisão: José de Castro
Coordenação da coluna no âmbito da SPVA/RN: Adélia Costa
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