A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários.
Prezados(as) leitores(as),
O texto da coluna SPVARN desse domingo traz para você, caro(a) leitor(a), um “chamingo” muito especial: um conto escrito pelo poetamigo goiano Gonçalves Júnior, que é professor da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia-GO, onde reside. Mesmo distante, ele é um sócio efetivo, bastante participativo da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN. Publicou "Cartas, Poemas e Lembranças da Adolescência" e "Pouquíssimos Versos e Outros". Participou das antologias "O Dia em que a Terra quase parou", "Trova Borratela" e "Sem Amor eu nada seria", publicadas pela SPVA. Ainda inédito, tem o livro "Saudade é café quentinho passado agora" que deverá ser publicado pela "Coleção Goiânia em Prosa e Verso".
Fazia um friozinho leve naquela noite de outono. Terminadas as tarefas do dia, era hora de ir dormir. Repeti toda a rotina diária antes de ir para a cama. O sono já se aproximava e insistia em me derrubar. Caí na cama, mas parecia que faltava algo. Não dormi e revisei todas as minhas ações, para ver se encontrava. O celular estava recarregando, a bateria longe, na sala. Para mim, o que faltava deveria estar ali. Não era o alarme, que despertaria às 5h20. Poderia ser alguma mensagem importante. Matutei por alguns minutos para tentar compreender. Não havia ânimo para me levantar e ir até a sala, mas a curiosidade me impedia de adormecer. Fechei os olhos para forçar um cochilo, e um poema começou a aparecer. Três versos curtos, como um relâmpago que clareava a noite lá fora. Li três vezes, para ter certeza. Veio a segunda estrofe. Reli as duas. Vieram mais duas.
O poema estava pronto! Com todos os versos, estrofes definidas, o ritmo necessário e a musicalidade peculiar. E se eu dormisse e esquecesse esse poema? E se esse poema já existisse e fosse apenas lembrança de alguma leitura realizada? Busquei na mente os últimos autores lidos. Nenhum deles escrevia daquela forma. Aquele poema era mesmo meu: novinho, quentinho e pronto! Nem precisou entrar em trabalho de parto como outrora. Nem sentir as dores da escrita e da reescrita. E o melhor: não foi para a lata de lixo, depois de tanto trabalho. Estava diante dos meus olhos, ainda fechados. Abri-os, rapidamente e corri para a sala. Nem acendi as luzes, com medo de ser um sonho e eu despertar. Deslizei o dedo na tela e destravei o aparelho. Abri o aplicativo de texto e transcrevi o poema. Era como se eu tivesse escaneado da minha cabeça para a tela do smartphone. Li mais uma vez, para ter certeza de que aquilo era verdade. E recebi, de bom grado, aquele presente. Desembrulhei, admirei e guardei onde pude. Numa noite qualquer, de outono.
Gostaram do conto? Para conhecer mais sobre a poética e a atuação do escritor e educador Gonçalves Júnior é só entrar em contato conosco através de nossas redes sociais.
ATÉ BREVE!
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Coordenação da coluna no âmbito da SPVARN: Adélia Costa
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