Fábio de Oliveira

04/10/2021 00h03
 
Tudo que você aprendeu está errado 
 
 
O que não sabemos e a verdade ocultada desde a nossa existência nesse sistema, mantêm os negócios ativos, valores monetários em alta e faz a engrenagem mercadológica operar. Mentes colonizadas acham-se no domínio de uma narrativa unilateral por séculos, desconsiderando quaisquer outras perspectivas que desmascarem uma realidade ilusória e genocida. 
 
Os poderes e riquezas continuam centralizados nas mãos das oligarquias, que vêm subjugando e aniquilando nossas existências de forma atemporal. Até não acordarmos, seremos objetos desse maquinário ideológico. Quando você acordará?
 
A maioria de nós cresce com uma carreira para seguir, projetada pela sociedade, sem que nossas escolhas e decisões sejam dialogadas e analisadas. Crescemos apreendendo que dinheiro é tudo e é mais importante que qualquer coisa. Assim, seguimos sendo manipulados por números em pedaços de papel, com uma estranha mensagem em comum circulando no país laico: deus seja louvado. 
 
Seguimos nessa direção de forma consciente e inconscientemente; no caminho de uma hiper-realidade afundada em navegações na internet e redes sociais. Assume um papel de fuga, de uma frustrada realidade fomentada pelas opressões da sociedade, para sermos o que não somos, através de uma vida de aparências. Lembro-me da fala do filósofo e sociólogo francês, Jean Baudrillard: “O que toda uma sociedade procura, ao continuar a produzir e a reproduzir, é ressuscitar o real que lhe escapa”.
 
As redes de comunicação operam constantemente para nos informar um modelo de vida, uma normalidade por meio da publicidade. A persuasão agressiva para comprar o que não precisamos, enriquecendo quem está no topo deste sistema e, desta forma, aumentando insustentável e desenfreadamente o consumo. Qualquer coisa fora do padrão é inferiorizada, não tem valor e não serve. A indústria cultural com entretenimentos alienadores atrofia cada vez mais nossa capacidade de criticar e de nos situarmos nessa estrutura mercadológica.
 
Como diria Ailton Krenak, “nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro”. Acredito que todes nós deveríamos ter crescido ouvindo essa narrativa, para que pudéssemos acordar para as possibilidades de pensar e refletir mudanças de hábitos, priorizando práticas sustentáveis e menos destrutivas a pensar no colapso do planeta.
 

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