Pinto Júnior

25/06/2020 12h41
 
Políticos da Grande Natal opinam sobre mudança de data da eleição
 
O senado Federal votou pela mudança no calendário eleitoral. A eleição municipal deste ano para prefeito e vereador, deixa de acontecer no dia 4  de outubro e passa para 15 de novembro. O segundo turno acontecerá no dia 29 de novembro de 2020. A mudança acontece em razão da pandemia do Covid-19. A questão é, em novembro a realidade será muito diferente de outubro? Como ficam as convenções e debates sem aglomeração? É viável que todo o processo aconteça de forma virtual? 
 
O Potiguar Notícias ouviu líderes da Região Metropolitana de Natal, onde localiza-se a maioria dos eleitores do Rio Grande do Norte. Há divergências. Alguns defendem que os mandatos sejam prorrogados. Alguns que aconteça no dia 4 de outubro, portanto, contra mudança de data. 
 
Em Natal, o professor Carlos Alberto, do Partido Verde, já disse ao PN, durante programa de rádio que defende a suspensão das eleições e que o dinheiro do Fundo Eleitoral seja investido no combate ao COVID-19. 
 
Em Ceará-Mirim, o atual prefeito, Júlio Cesar (PSD), é contra a mudança de data dentro deste ano. “Na minha opinião, a eleição deveria acontecer no dia 4  de outubro. Se é para mudar que a mudança seja para o ano de 2022”, disse. 
 
 Para o presidente da Câmara Municipal, de Ceará-Mirim, vereador Ronaldo Venâncio (PSDB), “Como não existe controle, eu considero que o adiamento não atende aos desafios impostos pela pandemia, por isto, entendo que o adiamento para depois que passar a pandemia e termos uma vacina seria a melhor decisão”, colocou. 
 
Na opinião do pré-candidato a prefeito do PSB, em Macaíba, Netinho França, “Sou de acordo com a mudança, porque em primeiro lugar deve está a saúde, segundo porque haverá mais tempo para as pessoas em casa município, os candidatos terá mais tempo para apresentar sua vida pública, acho que a medida do Senado foi correta. No caso de Macaíba, espero que possamos fazer um bom debate para que a população possa fazer sua livre escolha pelo melhor candidato”, defendeu. 
 
Na terra de Dona Militana, o presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo do Amarante, Edson Valban (PT), entende que as eleições não aconteça este ano de 2020. Acredita que devemos temer o Covid-19. “Não por interesse próprio, mas eleição este ano é temerário. Eleição não é só o dia de votar, como fica as reuniões, os comícios, caminhadas e carreatas”, indaga. Edson registra que a questão não é apenas política, mas jurídica e sanitária. 
 
Em Parnamirim, o Potiguar Notícias ouviu o presidente do Partido Verde, empresário Santana. Na opinião de Santana, acha que o projeto aprovado pelo Senado Federal, sofrerá mudança na Câmara dos Deputados. “Acredito que os deputados não aprovarão a mudança sugerida pelo Senado, simplesmente porque a mudança para novembro torna a campanha mais cara e não tem garantia em relação ao Covid-19, pois não há garantia de que tenhamos uma vacina”, disse. 
 
O pré-candidato a prefeito pelo PROS, Maurício Marques, avalia como positiva a mudança da eleição para 15 de novembro de 2020. “Foi uma decisão acertada, pois em função da pandemia porque todos os pré-candidatos terão tempo para apresentar suas propostas”, avaliou. 
 
O Potiguar Notícias irá acompanhar as mudanças a serem propostas pela Câmara dos deputados, ouvindo os políticos no Rio Grande do Norte, envolvidos na eleição municipal deste ano. 
 

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