Pinto Júnior

27/05/2016 09h17
No dia 21 de abril de 1993, os brasileiros foram às urnas para escolher acerca do novo sistema de governo. Eram três as opções: parlamentarismo, monarquia parlamentar e presidencialismo. Venceu este último, que vigora até hoje. Os brasileiros decidiram que desejavam votar diretamente em seus representantes: vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais e senadores, além do presidente da República.
 
De acordo com pesquisador e escritor Marcos Otávio Bezerra, assim é composto nosso modelo de representações: "À Câmara dos Deputados cabe a representação da população em geral. Eles são eleitos pelo sistema proporcional em cada estado, território e Distrito Federal para mandato de quatro anos. O número de representantes por estado e pelo Distrito Federal é, a cada eleição, definido proporcionalmente à população. O Senado Federal, por sua vez, representa paritariamente as unidades da federação, e os senadores são eleitos pelo princípio majoritário. Os estados e o Distrito Federal elegem três senadores para mandato de oito anos cada", explica Bezerra.
 
A preço de hoje, temos uma presidente eleita, mas afastada devido a um processo de impachment. No poder, um presidente interino. Sem voto.
 
E neste contexto de crise, surge a ideia do parlamentarismo. Um regime em que quem escolhe o presidente são os deputados e senadores; não os brasileiros e brasileiras. É o caso dos eleitores se perguntarem: os deputados e senadores que nós temos votam melhor para presidente que os brasileiros e brasileiras? Duvido, caro leitor.
 

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