Cefas Carvalho

08/10/2015 09h24
Recebi com alegria e nostalgia a informação de que a Editora Ática está relançando dez livros da Coleção Vaga-Lume, como parte da comemoração de 50 anos da editora. Como se sabe, a coleção ajudou a formar leitores - eu incluso - em todo o país e iluminou a infância e pré-adolescência de milhões.
 
Ganhei os meus primeiros exemplares da coleção - "O menino de asas" e "A ilha perdida" - no aniversário de 10 anos, possivelmente da amiga de meus pais, então professora e hoje vereadora de Natal Eleika Bezerra ou do amigo hoje promotor Eudo Rodrigues Leite. Mal acabou a festa iniciei a leitura e mergulhei em um universo novo, tão intenso como O Sítio do Pica Pau Amarelo e Julio Verne, minhas leituras à época.
 
Descobrindo que existiam mais livros "como aqueles", perturbei meus pais até conseguir os disponíveis em Natal no período: "O Escaravelho do diabo" e "O caso da borboleta Atiria". O primeiro é meu preferido até hoje e só em ver a capa do livro original, comprado na Livraria Universitária, da avenida Rio Branco, que mantenho até hoje em destaque na minha biblioteca, me arrepio todo.
 
Meu segundo favorito, O caso da borboleta Atiria" encantou igualmente minha pré-adolescência. Anos depois vieram "O mistério do cinco estrelas" e "Spharion", mistério e suspense que adiantaram em uns anos as paixões seguintes que seriam Agatha Christie e Conan Doyle. Aí veio a adolescência, e a descoberta de Machado de Assis, Milan Kundera e dos franceses relegou a Vaga-Lume às teias de aranha das estantes. Mas, na memória afetiva continuam em lugar de honra.
 
Criada em 1972, a coleção lançou autores como Marcos Rey, Luiz Puntel, Lúcia Machado de Almeida, Maria José Dupré, e muitos, muitos outros. E vale lembrar ainda que O escaravelho do diabo, um dos principais títulos da lista, terá adaptação para o cinema em 2015. Dirigida por Carlo Milani, a adaptação contará a história de uma série de assassinatos de pessoas ruivas. O filme terá a participação do ator Marcos Caruso.
 
Os dez volumes relançados são os seguintes:
 
A aldeia sagrada, de Francisco Marins
Os barcos de papel, de José Maviel Monteiro
Tonico, de José Rezende Filho
O feijão e o sonho, de Orígenes Lessa
Spharion, de Lúcia Machado de Almeida
A ilha perdida, de Maria José Dupré
O escaravelho do diabo, de Lucia Machado de Almeida
A turma da Rua Quinze, de Marçal Aquino
Deu a louca no tempo, de Marcelo Duarte
Açúcar amargo, de Luiz Puntel

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