Andrezza Tavares

18/07/2020 16h03

 

 

Perfil de Kelyson Montenegro: presidente da Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Norte

Gestor da Cruz Vermelha Brasileira no RN reúne pessoas interessadas em promover benefícios para vulneráveis no Rio Grande do Norte

 

Muitas pessoas dedicam parte de sua vida a trabalhos voluntários das mais diferentes naturezas. Existem instituições de atenção social em que essa é a única forma de vínculo das pessoas com a organização. Eles não se enquadram como funcionários, nem são remunerados, mesmo que as suas atividades demandem tempo e energia, isso se chama: voluntariado.

O trabalho voluntário é de suma importância para alguns setores vulneráveis da sociedade, bem como para as pessoas  que possuem a preciosa capacidade de ‘empatia’. Kelyson de Lima Montenegro, de 37 anos de idade, casado, pai de um bebê recém nascido, é uma dessas pessoas com sensibilidade voluntária. Ele participa da Cruz Vermelha do Rio Grande do Norte (CVB/RN), desde os anos 2000. Contexto, inclusive, em que a atividade do voluntariado foi reconhecido como um importante fator para o desenvolvimento humano, no período de 2001, na ocasião  em que 126 membros da Organização das Nações Unidas asseguraram uma resolução internacional para a sua valorização.

A CVB é uma instituição de abrangência mundial, responsável pela maior concentração das ações humanitárias do planeta. O jovem Kelyson realiza aí um sério trabalho  voltado  para pessoas que recebem assistências diversificadas. Assim como ele, que possui mais de uma década como voluntário na instituição, e que foi eleito seu presidente estadual no RN, milhares de outros integrantes se unem envoltos do interesse em desenvolver ações humanizadoras.

Kelyson detalhou de forma emocionada como ocorreu o seu envolvimento com a CVB/RN. O seu avô foi presidente de Cruz Vermelha há uns vinte anos atrás e depois sua mãe ficou sendo a presidente de Cruz Vermelha.  Até os seus 20 anos, ele não estava envolvido com a instituição e cursava Direito. Seu engajamento ocorreu quando ocorreu um desastre na região serrana do RN e a CVBRN foi acionada para colaborar por meio de campanhas de arrecadação de alimentos de roupas, de água e de ajuda financeira.

Desde então se envolveu com a causa. “Então a Cruz vermelha não tinha documentação, a Cruz vermelha não tinha sede, a Cruz Vermelha não tinha uma estrutura de formação, não tinha um padrão administrativo”. O jovem voluntário se empenhou para organizar o Departamento de Voluntariado e depois o Departamento de Socorro, Desastre e Educação. Sua primeira função gestora foi de voluntário secretário, "fui nomeado na gestão de outros presidentes que tinham na instituição, que passaram pela instituição depois da sua mãe. Depois que ela saiu teve mais dois presidentes. Chegou um dia que eu estava como secretario e fui convidado a ser o vice-presidente da Cruz Vermelha e depois o presidente teve que sair da Cruz Vermelha porque foi transferido para outro país aí eu assumiu a presidência estadual da Cruz Vermelha".

Kelyson está à frente da Cruz Vermelha da filial do Rio Grande do Norte desde novembro de 2016. Dentre as vitórias de suas ações destaca a questão do estatuto assinado pelo presidente da república, as parcerias, a sede própria uma na Ribeira e outra  em Ponta negra. Esses espaços funcionam para capacitar, treinar mais voluntários, ter mais projetos sociais, funcionar ações de caráter humanitário e os cursos de capacitação.

Os voluntários da Cruz vermelha são movidos por valores como a justiça, a igualdade e a liberdade. São características emocionais dessas pessoas: o altruísmo, o gosto por ajudar ao próximo, o comportamento humanitário, a indignação com a injustiça e a desigualdade social e o olhar com compaixão. Para o presidente da CVBRN, “ser voluntário é ato de cidadania. Significa está atento aos contextos e às ações humanitárias sempre com o espírito de preocupação com o próximo. O voluntariado  é uma ação gratificante para quem realiza e para quem recebe o benefício para a sua melhoria de vida. Significa colaborar para o processo de  inclusão social acontecer”.

Na CVB/RN existem diferentes formas de ação por meio do voluntariado. Os conteúdos compartilhados nas ações são diversificados. Sobre isto, o presidente menciona: “ajuda material, confiança, diálogo, apoio emocional, ânimo ou até mesmo de abraços fraternos. Todos podem ajudar, até mesmo com palavras”. A principal mensagem que um voluntário de entidade humanitária precisa expressar é a sua crença nas pessoas.  “Saber que têm pessoas que se preocupam com os outros significa acreditar nelas. É importante mostrar para os excluídos que eles podem e devem sonhar pois é comum que eles tenham perdido sua dignidade e seus sonhos. Faz a diferença chegar com a nossa energia boa e com o nosso amor. Isso contagia”.     

O tempo de dedicação na Cruz Vermelha é relativo. Em casos de urgências, a gente se dedica um pouco mais. Mas todos os voluntários da sede CVBRN que estão à frente de projetos, todos são voluntários, e eles cumprem uma carga horária de 20 horas semanais. Então, dentro da instituição criamos essa norma para os voluntários que tem interesse em assumir algum projeto e ser coordenador. E para ser voluntário tem que doar um pouco do seu tempo. Tem voluntários que ajudam com recursos financeiros, mas, o mais importante é o tempo, a ajuda com atividades é mais preciosa.

São os voluntários os responsáveis pelo funcionamento de tudo na CVRRN que se dedicam em média 20 horas. Um dos maiores desejos desses voluntários é que a Cruz Vermelha, um dia, consiga recursos financeiros com o apoio da sociedade para possuir um corpo próprio  de funcionários formais e remunerados que possam está trabalhando às 44 horas semanais. “Aliás, a nível nacional, isso já acontece. Ter um trabalho que possa ser feito com funcionários no Rio Grande do Norte, para que o povo potiguar possa ser o maior beneficiado”.

Segundo Kelyson, é simples o caminho para ser voluntário da CVBRN. “Basta procurar a sede da Cruz Vermelha de segunda à sexta, das 9 às 17h. Apresentar a cópia de identidade, comprovante de residência, 1 kg de alimento, antecedentes criminais, uma foto 3x4. No local, você sabe a missão, o objetivo da instituição, quais são os princípios humanitários, a história da Cruz Vermelha, qual o trabalho da filial local que está desenvolvendo. Indicamos a capacitações de primeiros socorros que é referência mundial”.

“Esse ato salva vidas. Saber o que fazer na parada cardíaca, saber o que fazer se a pessoa tem um engasgo, saber o que fazer se alguma criança se queimar. Então, isso é um dos trabalhos que a Cruz Vermelha faz, e sempre está recrutando voluntários que tenham esse interesse. Hoje a totalidade dos voluntários estão trabalhando com a mitigação da COVID-19”.

Toda sociedade precisa de voluntários. Além da Cruz Vermelha, existem outras instituições sérias que aceitam o trabalho voluntário. Quem se identificar com o desafio de amar pode procurar uma entidade, vestir a sua causa e fazer a diferença! A sociedade brasileira clama por esse tipo de trabalho humano. O Brasil é um gigantesco e infinito laboratório para quem deseja ser voluntário de causas humanitárias. Os desastres não avisam quando vão chegar.

Com a pandemia da covid-19 a importância social da CVBRN ficou mais notável ainda. Segue o repertório de algumas das importantes ações de impacto social que a instituição vem desenvolvendo, desde março de 2020, quando do início da pandemia no território nacional brasileiro:

  1. CRUZ VERMELHA BRASILEIRA RN PARTICIPA DA TRIAGEM NA POPULAÇÃO QUE SERÁ TESTADA AO COVID-19
  2. CRUZ VERMELHA BRASILEIRA RN E QLIMPO UNEM FORÇAS NAS DESINFECÇÕES DAS DELEGACIAS DA PCRN
  3. A CRUZ VERMELHA BRASILEIRA RN UNIDA À INICIATIVA PRIVADA, PROMOVE DISTRIBUIÇÃO DE EPIS A POPULAÇÃO DO RN
  4. A CRUZ VERMELHA BRASILEIRA RN PERMANECE IMPLEMENTANDO AÇÕES DE COMBATE AO COVID-19 NAS RODOVIAS DO ESTADO
  5. CRUZ VERMELHA BRASILEIRA RN REALIZA O PROJETO SOPA SOLIDÁRIA PARA OS MORADORES DE RUA
  6. CVB-RN E RN+UNIDO DO GOVERNO DO ESTADO ENTREGA DOAÇÕES DE CESTAS BÁSICAS
  7. CVB-RN ENTREGA CESTAS BÁSICAS E MATERIAIS DE HIGIENE PESSOAL
  8. CVB-RN E RN+UNIDO ENTREGA DOAÇÕES DE CESTAS BÁSICAS
  9. CVB-RN DESENVOLVE MISSÃO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE
  10. CVB-RN DISTRIBUI MÁSCARAS DURANTE A DURANTE A RETOMADA GRADUAL DA ECONOMIA NO RN
  11. CRUZ VERMELHA BRASILEIRA RN E QLIMPO UNEM FORÇAS NAS DESINFECÇÕES DAS DELEGACIAS DE POLÍCIA CIVIL NO RN
  12. VOLUNTÁRIOS DA CVB-RN EXECUTAM TESTES DE COVID-19 NA POPULAÇÃO. Entre outras...

O lema internacional da Cruz Vermelha é “Vida por vidas”. Adote esta ideia. Maiores informações para engajamento no quadro de voluntários ligue acesse: http://cvbrn.org/site/. Telefone: (84) 32016400

Nota: Este Texto do gênero Perfil, publicado na Coluna "Educação com Andrezza Tavares", no Portal de Jornalismo Potiguar Notícias integra o repertório de publicações do Projeto pluri-institucional intitulado “Diálogos sobre Capital Cultural e Práxis do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - IV EDIÇÃO”. O Projeto, vinculado à Diretoria de Extensão (DIREX) do campus IFRN Natal Central e ao Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Educação Profissional PPGEP do IFRN, articula práxis do campo epistêmico da Educação a partir de atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e internacionalização com o campo da comunicação social a partir da dinâmica de produções jornalísticas por meio de diversos canais de diálogo social como: portal de jornal eletrônico (https://www.potiguarnoticias.com.br/), TV web, TV aberta, rádio e redes sociais. O objetivo do referido Projeto de Extensão do IFRN é socializar ideias e práxis colaboradoras da educação de qualidade social, de desenvolvimento humano e social por meio da veiculação de notícias em dispositivos de amplo alcance e difusão de comunicação social. Para mais informações sobre o Projeto contacte a coordenadora: andrezza.tavares@ifrn.edu.br. O link desta publicação também será socializado por meio do portal eletrônico do PPGEP/IFRN (https://portal.ifrn.edu.br/ensino/ppgep/paginas/entrevistas), bem como, por meio do portal eletrônico da Faculdade FAMEN (https://www.editorafamen.com.br/entrevistas/).

 


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