Andrezza Tavares

03/05/2020 09h56

 

 

Andrezza Tavares

Luciano Santos

 

O contexto da educação online adotada pelas escolas, em função da suspensão das aulas para a mitigação da pandemia, foi uma alternativa para amenizar os reflexos da impossibilidade de aulas presenciais. A concepção pedagógica das aulas remotas que passaram a ser agendadas, planejadas, desenvolvidas e avaliadas para os alunos é a problemática central desta peça de jornalismo. Nos importa pensar em que medida as aulas eletrônicas (possíveis em tempo de pandemia) se configuram em dinâmicas de desenvolvimento humano ou em circunstâncias de improvisações com enfoque pedagógico conservador?

O movimento de aulas online, adotado mundialmente, nos provoca a pensar sobre os princípios, os meios e a finalidade dessa configuração de educação. Sobre os princípios das aulas online, percebemos que se baseiam na Educação à Distância (EaD), sem ter, necessariamente, a pretensão de sê-la em sua complexidade.  Sobre os meios de mediação, percebemos que na maioria das vezes operam por meio do uso de computadores, celulares e dispositivos de novas tecnologias da educação e comunicação. Sobre a finalidade das aulas, depende da concepção político-pedagógica que fundamenta o pensamento do professor mediador da aula eletrônica.

A didática nomeia de tendências pedagógicas as grandes concepções que iluminam e orientam a perspectiva das práxis dos docentes. As aulas remotas seguirão o pensamento pedagógico da tendência pedagógica que cada professor acredita, se identifica e fundamenta a realização do seu trabalho.

Em outras palavras na educação online, assim como na presencial, o professor tradicional é o que realiza a aula se baseando na repetição, na memorização, na disciplina controlada e na repreensão dos alunos...; o professor tecnicista é o que, em detrimento da reflexão, privilegia a técnica, atividades objetivas e exalta a tecnologia...; o professor crítico dos conteúdos é o que realiza mediações envolvendo reflexividades críticas, interações, criatividade, pesquisas, experimentos, entre múltiplas outras possibilidades que tributam para o desenvolvimento humano e integral.

 

Nota: Esta Coluna publicada no Portal de Jornalismo Potiguar Notícias integra o repertório de publicações do Projeto pluri-institucional intitulado “Diálogos sobre Capital Cultural e Práxis do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - IV EDIÇÃO”. O Projeto, vinculado a Diretoria de Extensão (DIREX) do campus IFRN Natal Central e ao Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Educação Profissional PPGEP do IFRN, articula práxis do campo epistêmico da Educação a partir de atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e internacionalização com o campo da comunicação social a partir da dinâmica de produções jornalísticas por meio de diversos canais de diálogo social como: portal de jornal eletrônico, TV web, TV aberta, rádio e redes sociais. O objetivo do referido Projeto de Extensão do IFRN é socializar ideias e práxis colaboradoras da educação de qualidade social, de desenvolvimento humano e social por meio da veiculação de notícias em dispositivos de amplo alcance e difusão de comunicação social. Para mais informações sobre o Projeto contacte a coordenadora: andrezza.tavares@ifrn.edu.br.  

 


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