Andrezza Tavares

19/04/2020 11h01

 

 

Andrezza Tavares

Bernardino Neto

 

     É certo que a Educação à Distância (EaD) enquanto modalidade de ensino prevista na lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDBEN) brasileira já vinha conquistando espaço ao longo dos últimos anos entre as ofertas de ensino. Alguns fatores contribuem diretamente para o alargamento da adesão desta modalidade, dente elas: a ampliação do acesso social ao computador e a internet; a aprovação de políticas educacionais para a EAD que têm priorizado a autorização e o credenciamento de circunstâncias formativas e de cursos (cursos técnicos, graduação, pós-graduação, entre outros); os impactos econômicos viáveis para as instituições educativas; entre outros...

      No cenário atual, a pandemia também está contribuindo diretamente para o alargamento da adesão da EAD por possibilitar a continuidade de aulas mediadas pelo uso das tecnologias digitais. O cenário de adesão universal por aulas cibernéticas sinaliza para contextos de transformações institucionais, culturais e de práticas no campo da educação. Sendo assim, resolvemos ouvir a narrativa de professores que estão na travessia do desafiante contexto de escolas eletrônicas disseminadas mundialmente em função da mitigação do COVID-19.

      Bernardino Neto é professor de cursos de licenciaturas de uma faculdade privada do estado do Rio Grande do Norte, no Brasil. Segundo ele, “não se pode desconsiderar os percalços que a transição do ensino presencial para o ensino à distância ocasiona principalmente para a vida dos alunos”. O professor ressalta ainda que “inicialmente do ponto de vista pedagógico se pode pensar na cultura trazida pelos alunos do ensino presencial, que sempre os acompanhou desde os anos iniciais das suas vidas escolares, e que os constituiu enquanto estudantes. Eu busco neste referencial pedagógico a grande inspiração para se constituir docente no atual formato de ensino EAD”.

     Outro elemento que desponta como desafio é “a questão do acesso às plataformas digitais de ensino para o uso assertivo de internet. Nesse sentido, nem todos os alunos dispõem de internet de qualidade para que possam usufruir com plenitude das diversas possibilidades que a EAD proporciona, por exemplo: web conferências e chats interativos”.

     Assim, o professor concluiu que “se a pandemia do COVID-19 aponta para a necessidade universal de realização de aulas EAD, mediada pelas tecnologias digitais, descortina também a desigualdade social brasileira como o maior entrave para o atingimento dos objetivos da aprendizagem e do desenvolvimento escolar que desejamos”.

 

Nota: Esta Coluna publicada no Portal de Jornalismo Potiguar Notícias integra o repertório de publicações do Projeto pluri-institucional intitulado “Diálogos sobre Capital Cultural e Práxis do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - IV EDIÇÃO”. O Projeto, vinculado a Diretoria de Extensão (DIREX) do campus IFRN Natal Central e ao Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Educação Profissional PPGEP do IFRN, articula práxis do campo epistêmico da Educação a partir de atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e internacionalização com o campo da comunicação social a partir da dinâmica de produções jornalísticas por meio de diversos canais de diálogo social como: portal de jornal eletrônico, TV web, TV aberta, rádio e redes sociais. O objetivo do referido Projeto de Extensão do IFRN é socializar ideias e práxis colaboradoras da educação de qualidade social, de desenvolvimento humano e social por meio da veiculação de notícias em dispositivos de amplo alcance e difusão de comunicação social. Para mais informações sobre o Projeto contacte a coordenadora: andrezza.tavares@ifrn.edu.br.  

 


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