Wellington Duarte

07/04/2020 00h10
 
Covid-19: A pendemia e o hospício do Planalto assustam a população
 
 
Muitos países já tiveram nas suas chefias de Estados, pessoas completamente piradas, com as mais variadas peraltices no exercício das suas funções.
 
O imperador romano Marco Aurélio Cômodo resolveu empreender um governo narcíseo onde ele simplesmente se autoproclamou como sendo a reencarnação do herói grego Zeus, além de ter o mórbido prazer de arrancar as cabeças de avestruzes e vê-las correndo sem a cabeça, num último espasmo da morte, e acabou estrangulado em 192.
 
Justino, imperador romano do Oriente (520-78), ordenou que um órgão fosse tocado o dia todo no palácio, para controlar seus nervos. Passou a ser empurrado em um trono de rodas, dando dentadas em quem tivesse o azar de estar do lado. Chegou-se a dizer que havia devorado alguns. Num raro momento de sanidade, abdicou.
 
Al Hakim, califa do Egito (985-1021). Proibiu as mulheres de sair às ruas e confiscou seus sapatos para garantir. Mandou matar todos os cães do Cairo. Se isso soa como ações de um fanático islâmico, ele também cometeu a maior heresia possível na religião islâmica: aceitou ser chamado de Deus na Terra. Aos 36 anos, simplesmente sumiu.
 
Essa é só uma pequena lista e muitos chefes de Estado enlouqueceram e fizeram barbaridades ou excentricidades. No BraZil, uma das mais conhecidas foi a mania de Jânio Quadros, que não era louco, de mandar recados em bilhetinhos para os seus ministros; de ter proibido as rinhas de galo e o biquíni em Copacabana. Dizem as más línguas que tentou um autogolpe, após apenas 7 meses de governo e foi visto sendo levado, cambaleante, para o navio que o levou para o exílio, depois do fracasso do seu intento.
 
Em outubro de 2018, elegemos uma figura transtornada. Um ser pequeno e medíocre, que vivia, nos 28 anos de mandatos, como uma figura tosca e miserável, mal-educado e chulo. Um ser desprezível. Foi eleito PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
 
Estreou na PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA tal qual fizera na Câmara, com urros e bravatas moleques. Montou um ministério de alucinados, incompetentes, fundamentalistas evangélicos, milicianos digitais, recalcados e sem caráter.
 
Seu projeto? Destruir a nação brasileira, torna-la o quinquagésimo segundo Estado dos EUA, e reinar com as milícias criminosas, tendo que para isso, fechar o Congresso.
Fez o que quis em 2019, dividiu o país em Nordeste e Brasil, desprezando os nordestinos; alimentando a misoginia; o banditismo; e encolheu diplomaticamente o Brasil, entregando o comando das relações exteriores a um imbecil “olavista”, uma referência a um idoso patético e transtornado que vive em permanente delírio nos EUA..
 
Montou um governo de clã, com seus filhos, um senador, um deputado estadual e um vereador, tendo poderes no aparelho de poder. Entregou a economia a um capacho dos bancos que iniciou a venda de todos os ativos do país.
 
Foi uma orgia completa, tendo o aval dos “jaquetas verdes”, que se meteram no governo e passaram a gostar do discurso paranoico do medíocre, que vê comunistas e petistas em cada sombra de cada esquina; foi tolerado pela imprensa, toda ela comprometida com o desmonte da nação; teve o solene apoio de grandes empresários, doidos para abocanhar um naco dos bens públicos; montado numa gangue virtual e num consórcio de pastores ignorantes e burros, obcecados com Satã e em delírio com a dinheirama da propaganda dada pelo fascista.
 
E veio a pandemia. O que vemos? Uns o chamam de “Napoleão de Hospício”, caso do Octávio Guedes, comentarista da Globo News; outros o chamam de “Incitatus”, uma referência ao cavalo de Calígula, que o nomeou senador, como é o caso de Marco Antonio Vila, o venenoso comentarista político, demitido sumariamente da Jovem Pan, quando criticou Bolsonaro. Muitos o adjetivam de “peste”, “bolsovírus”, “Rainha Louca do Planalto”, “tirano de botequim”, e por aí vai. Tudo isso porque o presidente passou a ter um comportamento bizarramente errático diante da pandemia, além de ter sua visão de poder alimentada pela possibilidade do caos devido a pandemia.
 
Aposta na Morte, no Caos e no desespero das pessoas, faz o presidente, talvez, achar-se o São Sebastião reencarnado, pronto para trazer a “liberdade” ao país, acabando com sua economia, espalhando a mortandade e encolhendo o governo. Está mais para ajudante de ordens dos Cavaleiros do Apocalipse e a súcia que o acompanha se mantém firme.
 
Estamos bem arrumados.

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