Mônica Cavalcante

06/02/2024 07h53

 

O Verdadeiro Alvo

 

Em um cenário permeado pelo estado da violência e pela violência do próprio Estado, é fundamental direcionar nossa atenção para a essência da questão: QUEM É O VERDADEIRO ALVO DESSE COMPLEXO PANORAMA? São questionamentos cruciais que merecem análise e reflexão aprofundadas.

A comoção e o sentimento que emergem diante de episódios violentos muitas vezes suscitam debates intensos, mas é necessário ir além das aparências e questionar: É SOBRE QUEM? QUEM É O ALVO CENTRAL DE NOSSAS PREOCUPAÇÕES? O apelo por medidas efetivas e justiça é constante, mas é crucial compreender qual cidadão está no epicentro dessa busca por segurança.

Os números sobre qualquer tipo de violência têm nos provocado a constante reflexão sobre o papel das políticas públicas na governabilidade e segurança. Análises institucionais, acadêmicas, classistas, pelos movimentos sociais entre outras formas de manifestações. Ao nos depararmos com a dualidade do estado da violência e a violência do próprio Estado, surge a necessidade de entender quem, de fato, é esse cidadão que clama por paz. Os desafios são inúmeros, mas é imperativo que evitar abordagens simplistas, olhando para além das aparências e confrontando as raízes profundas da violência, buscando clareza e coerência nas discussões sobre o estado da violência e a violência do Estado.

Os perigos acerca da definição dos “malfeitores" é um ponto sensível, demandando uma análise aprofundada para evitar generalizações que obscureçam a verdadeira raiz do problema, pois são alimentados pelo PROSELITISMO, PELA CONFUSÃO DE IDEIAS E OS PERSONALISMOS NO DISCURSO POLÍTICO que adicionam camadas de complexidade a essa questão. O desafio reside em desvencilhar-se de narrativas descontextualizadas que distorcem a percepção da realidade.

Nesse sentido, a IMPARCIALIDADE é um pilar essencial para a construção de uma sociedade que busca o bem comum. Diga-se que A imparcialidade implica em tratar todos os indivíduos com igualdade, independentemente de suas características pessoais, origens ou opiniões. A busca pelo bem comum envolve a consideração de interesses coletivos, priorizando o desenvolvimento e a prosperidade da sociedade como um todo.

É importante ressaltar que a imparcialidade não significa ausência de opinião, mas sim a capacidade de analisar e avaliar as situações de forma objetiva, considerando diversos pontos de vista. Essa abordagem contribui para a construção de consensos e soluções que beneficiem a sociedade como um todo, pois evita a perpetuação de desigualdades e promove um ambiente inclusivo.

Portanto, ao cultivarmos a imparcialidade em nossas interações e decisões, estamos contribuindo para a promoção do bem comum, criando uma base sólida para uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável, e assim, ao explorar o estado da violência e a violência do Estado, devemos constantemente questionar, NOSSA PROATIVIDADE COLETIVA E SOCIAL É SOBRE QUEM?  

Sobre

Mônica Cavalcante é Professora, Ativista Social e Político sobre Gênero e Direitos Humanos


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