Mônica Cavalcante

01/11/2022 11h56
 

A RESTITUIÇÃO DO DIREITO A TER DIREITOS

Vou tomar proveito do saldo recente para “opinar/refletir” sobre o resultado das urnas nas eleições gerais 2022.

A vitória para Presidente do candidato Luís Inácio Lula da Silva, é o resultado de grande, inteligente e articulada frente ampla em torno de um PROJETO DE DEFESA DA SOBERANIA DO PAÍS, DE SEU POVO E O RESGATE PELA CREDIBILIDADE NACIONAL E INTERNACIONAL.

Esse resultado foi o enfrentamento ao coronelismo, compra de voto e o sequestro dos bens públicos e direitos ao nosso povo.

Estamos contentes com o resultado, mas é essencial o entendimento que essa não é a tarefa de um homem só!

Aliás, apesar de sua extrema importância o conjunto hercúleo que se ergueu, DERROTAR O BOLSONARISMO está apenas começando. Os disseminadores do ódio, da violência, da mentira, a xenofobia, a misoginia, da homofobia, a ganância, a política suja, do mal RESISTEM.

Criarão seus novos ídolos, terão seus novos caminhos.

Quem tem crença, eu lembro "ORAI E VIGIAI" e para quem não tem serve do mesmo jeito.

Tenho dito aos próximos, este próximo governo é um terceiro turno, não é um "já ganhou".

Nessa luta, não há vencedores e perdedores.

De forma crítica e afunilando nosso olhar aos mandatos de deputados e senadores precisamos pensar que nossa gente não pode depender da chuva, do tempo e da vontade dos que são conduzidos para essa tarefa, alinhadas ao executivo, encabrestado por este ou aquele que governa.

E toda promessa de governo para o povo?

Para qual povo se governa?

Um mandato tem por regra geral quatro anos.

Como medir o resultado de serviço prestado ou melhor retornado ao povo que lhe confiou/outorgou os seus direitos? E ao longo de 40 anos ou 10 mandatos?

O que ficou prestado ao eleitorado/POVO que seguidamente fez esse gesto de confiança ao seu parlamentar favorito?

Para finalizar essa opinião/reflexão, há uma polêmica frase o contexto e autoria que eu vou ousar/abusar em usar: “pessoas escravizadas resistem à sua condição de inúmeras maneiras, grandes e pequenas, pois não se elas não foram capazes de alcançar a liberdade, não foi porque não a quisessem ou porque não sabiam que eram escravas. Foi porque existiam forças poderosas organizadas contra elas.”  Reza a lendária internet que essa citação é de Tubman, e é controversa mesmo.

De nenhuma forma quero subestimar o leitor crítico sobre as causas escravagistas (não é minha matéria de pesquisa). O fato é que sendo ela verdadeira, falsa, ou de uma péssima tradução, ela fala sobre algo: AS FORÇAS PODEROSAS ORGANIZADAS SEMPRE PAIRAM SOBRE NÓS.

Portanto, este não é fim de um tempo. Um ciclo tenebroso, nefasto, o pior deles para nós brasileiros e brasileiras.

Como trabalhadores e trabalhadoras, cidadãos e cidadãs, nossa prioridade sempre deve ser o bem estar social e a plenitude da dignidade humana.

Dias de luta, dias de glória.

De pé, ó vítimas da fome/De pé, famélicos da terra/Da ideia a chama já consome/A crosta bruta que a soterra/Cortai o mal bem pelo fundo https://www.letras.mus.br/hinos/588176/
 

 

 


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