Mônica Cavalcante

09/08/2022 00h21

 

TÁ TUDO BEM?!

 

Se você puder me ouvir tenho algo para dizer...

Muitas vezes preferimos fingir que está tudo bem porque talvez funcione, e um sorriso sem graça e frases do tipo “tá tudo bem!”, encerram um diálogo delicado, antes mesmo que ele comece.

Fazemos parecer que estamos plenos, de bem com a vida e que estamos cheios de amigos, ou melhor, cheios de fãs e seguidores nas nossas redes sociais, e ao nosso redor, que todos nos amam, e que somos o centro das atenções.

Enquanto isso seguimos numa jornada perigosa, submetendo-nos a relações tóxicas, acuados e com a autoconfiança quebrada. E nos sentimos desconfortáveis como pai ou mãe, como filho como filha, ou com os outros muitos vínculos familiares ou de amigos como gente, que não fazemos nada certo, ou que vivemos cometendo erros, por exemplo.

Tanto homens quanto mulheres podem praticar abuso psicológico nas relações afetivas. E isso tem nome: GASLIGHTING. Um nome difícil para uma prática tão comum.

Esse tipo de violência é uma forma de manipulação cometida para criar inseguranças e medos no outro. Informações são omitidas, distorcidas ou criadas para sustentar o abuso psicológico. É uma forma de abuso psicológico em que informações são manipuladas até que a vítima não consiga mais acreditar na própria percepção da realidade

Qualquer pessoa pode utilizar o gaslighting para desestabilizar outra. Familiares, amigos, colegas de trabalho e chefes também podem ser manipuladores. 

Mas como nosso objeto de diálogo é mais voltado para a QUESTÃO DA MULHER, é preciso ficar atenta a essa forma de violência muito poderosa em destruir o amor-próprio e a saúde mental das vítimas, tornando-as prisioneiras de relações abusivas. 

Temos medos... muitos medos...

E às vezes, apenas abraços quentinhos, um pequeno gesto de afeto como uma mensagem de carinho... sem movimentos bruscos... com paciência, com doçura, com afeto, com solidariedade, compaixão, empatia.

Façamos a diferença, sejamos bondosos, prestativos e proativos!

Façamos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem.

Vivermos com insegurança em tempos atuais tem sido quase um fenômeno normal e nem sempre conseguimos evitar situações que exigem um pouco mais de esforço nas lutas diárias, mas devemos nos empenhar e nos relacionar para que o medo e a insegurança não nos interrompam, paralisem a nossa caminhada.

Ouço essa e muitas outras canções e compartilho um trecho... “Pra chegar até aqui/Percorri milhas e milhas, antes de dormir/Eu nem cochilei (...) Nas noites escuras de frio chorei...” Essa canção faz sentido para mim...

Esse texto não é apenas sobre mim, e pode ser um pouco de você também...

Conte aí! Como você se reconstrói?

 


*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).