Mônica Cavalcante

19/07/2022 00h00

 

A POLÍTICA VIVE DO VOTO?

 

"(...) não pode haver caricatura mais ruinosa da política que a do mata-mouros que joga com o poder ao modo de um arrivista ou Narciso vaidoso, em suma, todo adorador do poder como tal."

Max Weber
 

Esse pequeno recorte dos ensaios de Max Weber sobre teoria e prática, ética e política me causam uma reflexão...

Observando a linha do tempo, percebemos vários programas não continuados, monumentos que desapareceram, prédios históricos destruídos; mudanças de nomes acontecem como troca de camisa.

Se o dono da caneta não gostava do José e era amigo do João, o nome do prédio muda de José para João em solenidade cheia de políticos com peitos estufados; uma festa da inanidade.

A política da vaidade é uma perversidade e vem custando muito cara às vidas do povo e ao país.

Sobre a QUESTÃO DA MULHER, a representação política feminina e de igualdade de direitos, por exemplo, ainda é um grande desafio para o nosso país.

Mas questiono. Ampliar a ocupação de espaços políticos pelas mulheres – inclusive a participação feminina no Legislativo – é uma das lutas mais importantes que travamos no momento em defesa da participação política feminina e da igualdade de direitos entre homens e mulheres?

Resgatemos o TRATADO SOBRE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DA MULHER E O DIREITO DE VOTAR, manifesto feminista escrito por Anna Rosa Termacsics dos Santos no ano de 1868 cuja obra assinou apenas com as letras A.R.T.S., prática muito comum durante o século XIX no Brasil, em homens e mulheres assinassem seus textos sob o anonimato ou pelas iniciais dos verdadeiros nomes.

A autora, que na luta por uma sociedade mais igualitária e justa para todas as mulheres brasileiras, “reivindicava o direito das mulheres de participar da política, do mercado de trabalho e da educação, e defendia o voto feminino também como um símbolo dessa possibilidade de participação”.

Nesse sentido, não apenas ter representação feminina e construir ações exclusivas de políticas públicas de gênero e em particular do cotidiano das mulheres, mas sim homens e mulheres que defendam o investimento do orçamento público para dar respostas às desigualdades econômicas e sociais.

É preciso dar ao povo a condição de esgoto tratado, água potável, saúde pública, segurança nas ruas, creches públicas em tempo integral, comida na mesa e empregos e salários dignos.

Precisamos virar esse jogo com representantes dignas e dignos do nosso voto.

 

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