Evandro Borges

21/01/2022 09h16

 

Algumas esperanças na escrita e na leitura

O Brasil tem quinze por cento da população no analfabetismo, que não conseguem decodificar a língua materna, mais uns oito por cento de analfabetos funcionais que não interpretam um texto, ler mais não sabe o que está lendo. Revelando assim uma forte exclusão social, em que pese o último Plano Nacional da Educação - Lei Federal 13.005/2014 que prever uma meta para em dez anos erradicar o analfabetismo. 

O país desde a década de trinta do século passado foi abundante em campanhas para o combate ao analfabetismo com iniciativas de diversos governos. E no Estado do Rio Grande do Norte há três campanhas com referências, que retratou uma época e disputas de ordem política. De pé no chão, também se apreende a ler com Djalma Maranhão. A experiência de Paulo Freire, o patrono da educação brasileira em Angicos no Governo de Aluízio Alves e a alfabetização da Igreja Católica pelo Rádio.

O certo consiste que na transformação tecnológica, que vem mudando o mundo de forma inexorável não haverá lugar para o analfabeto, ficará completamente na exclusão, submetido aos programas sociais, que mudam conforme os Governos, em que pese reconhece os avanços da Assistência Social, principalmente com LOAS, a universalidade de políticas e programas, que amenizam de forma compensatória a exclusão.

A iniciativa do Município de São Tomé/RN, estando a frente o Prefeito Anteomar Pereira da Silva (Babá) e a Secretária Municipal de Educação, Ana Edileuza Dantas com uma excelente equipe vem trabalhando um programa duradouro, muito mais que uma campanha, denominado Aprender Mais. Dispondo sobre alfabetização com inclusão social, com animadores/bolsistas que formaram as turmas no campo da pedagogia social.

Nas últimas duas semanas na apresentação da primeira edição do jornal do Potiguar Notícias fiquei com a oportunidade de entrevistar a Professora Angélica Vitalina que conduz a Biblioteca Rômulo Wanderlei em Parnamirim. Uma biblioteca com cinquenta anos de História, com programas de expansão de bibliotecas e cantos de leituras nas escolas públicas municipais, premiada nacionalmente.

A segunda entrevista foi com a Professora Renata Carvalho, que responde pelo pseudônimo de Salete do Boragoudar, licenciada em Letras e Literatura Portuguesa pela UFRN, que lançou um livro de forma independente, sem editora, com ficha catalográfica, com investimento a suas expensas e da família que colaborou intensamente. É natural de Natal/RN, residindo com a família na Cidade da Esperança. O livro tem o título “Melhor que todas as coisas” e pode ser contactada pelo e-mail: professorarenatasabrinne@gmail.com .

As experiências que parecem localizadas, mais são iniciativas significantes, que transformam e impulsionam a construção social, educacional e cultural, consistem em esperanças, que mudam pelo exemplo, que devem ser focalizadas e dado visibilidade, com intuito do incremento de mais ações públicas com políticas e programas, ou com iniciativas de particulares, seja de pessoas físicas ou instituições da sociedade civil

A leitura e a escrita, o ato de ler e escrever, Paulo Freire tem livro específico sobre o tema. Pode conduzir os indivíduos para uma sociedade educadora, desenvolvimentista com inclusão social, cabendo os meios de comunicação social pelas mais diversas plataformas divulgarem os exemplos cheios de esperanças para as transformações que a sociedade precisa.

 

 


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