Evandro Borges

18/03/2021 22h09
 
Uma avalanche de mortes em que pese o avanço da ciência
 
Pandemias com falecimento histórico da população parecia algo do passado bem longe. O que se deu na Europa com a peste negra. O que se deu no século passado nos anos de 1918 a 1920 da gripe espanhola era fato que não mais retornaria. As sucessivas campanhas vacinais no Brasil com a eliminação das doenças infectocontagiosas era uma conquista dos avanços da ciência, da medicina e da contemporaneidade.
 
Não podemos reclamar da ciência para a produção de vacinas, que parece existir em profusão de todas as origens, talvez a produção não seja ainda suficiente para a demanda que está se revelando para garantir a imunidade às populações e ao mesmo tempo, assegurar a economia na manutenção dos seus ciclos produtivos, pois crise sanitária e crise econômica é uma reunião estarrecedora.
 
No Brasil houve uma campanha “negacionista”, de não utilização de mascaras, de não respeitar o distanciamento social e favorecer as aglomerações, de propaganda de medicamentos não comprovados em face da doença nova, campanhas contra qualquer hipótese de fechamentos, mudanças sucessivas de Ministros em nome de uma Política de Governo, desacreditando a ciência. Quantas críticas à vacina denominada coronavac, mas, que vem se aplicando em maior número.
 
No país estamos chegando a duzentas e noventa mil mortes, com todos os dramas humanos. De falecimento de pais e filhos, de pessoas de todas as gerações, de todas as classes sociais, e dos mais diversos segmentos e corporações sociais, de mãe que deu a luz e não resistiu ao coronavírus, e cada região está dando a sua quota de sacrifício de vidas. 
 
A grande questão neste momento é a preservação da vida e permitir a realização da economia, que o Governo Federal não está salvaguardando se exigindo dos Estados e Municípios, que não podem atender adequadamente, principalmente em uma economia fundada no turismo, nos serviços e no comercio. E quando a União concentra o bolo tributário.
 
As perdas humanas dentro do atual quadro, de moderação do isolamento social, de hospitais lotados e com o início da falta de insumos, assinala que não se vai dar trégua para vida, e ao mesmo tempo a retomada da economia com desemprego crônico e aumentando poderá nos levar ao caos, de falências e aumento das dificuldades sociais, em que pese à aprovação do novo auxílio emergencial.
 
Há avalanche de mortes vai continuar em breve espaço de tempo, em que pese os avanços da ciência, e a esta altura a vacina, mesmo chinesa e a russa, tão contestadas que venham e que sejam produzidas, para diminuir a expansão do coronavírus, salvar vidas e da normalidade ao ciclo da economia e que possa brotar a vida novamente em condições de normalidade e dentro da diversidade.
 

*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).