Liliana Borges

16/01/2021 00h00
 
ALMADA, Cristo Rei…
 
 
Almada está inserida na área metropolitana de Lisboa, situada no Distrito de Setúbal, a cerca de 12 km da capital do país com aproximadamente 95.000 habitantes. Está localizada em sua frente na outra margem do Rio com a Ponte 25 de Abril interligando um lado a outro das margens do Tejo
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Os registros da presença humana na região nos transporta há 5 mil anos, foi lugar de passagem e habitados por muitos povos como os Romanos, Fenícios, Cartagineses, Árabes. Este último permaneceu na Península Ibérica por volta de 700 anos e este sítio foi uma de suas principais praças militares que deixou um grande legado e influência, pois somente em 1147 D. Afonso Henriques conquistou a região. 
 
No Século XVI, D. Manuel I proporcionou transformações econômicas, sociais e políticas. Adquiriu grande visibilidade na expansão marítima portuguesa devido a sua localização sendo integrante da zona econômica de Lisboa e, mais adiante, também, foi bastante destruída pelo terremoto de 1755, indo ao chão quase todo seu patrimônio com séculos de história.
 
No decorrer do tempo Almada foi crescendo e desenvolvendo, no séc. XIX inicia a industrialização, destacando-se o setor corticeiro e moagem, posteriormente, no séc. XX na década 40 houve grande crescimento demográfico em virtude de instalação de novas indústrias, na década de 60 foi inaugurada a ponte ligando as margens norte e sul e a princípio seu nome foi “Salazar”, em 1974 com alusão a Revolução dos Cravos foi denominada “25 de Abril”. 
 
Região muito privilegiada pela sua beleza natural favorecendo ao turismo. Um dos pontos mais visitados é o Santuário Cristo Rei, tanto por peregrinos católicos como por turistas independentemente de sua religião, pois é um lugar lindíssimo com uma vista panorâmica de 360 graus e está a 215 metros acima do nível do mar. É um ambiente paisagístico em harmonia com a natureza, a bela Almada, a Capital Portuguesa, Tejo, Atlântico, a Ponte 25 de Abril… 
 
O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, ao passar pelo Rio de Janeiro em 1934 e apreciar a imagem do Cristo Redentor no Corcovado tocou seu coração e, assim, teve o desejo de construir obra semelhante em Lisboa. 
 
 Quando iniciou a II Guerra Mundial em 1939 ganhou novo sentido para sua construção, mais adiante os Bispos fazem um voto em Fátima, 20 de abril de 1940: “Se Portugal fosse poupado da guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um monumento ao Sagrado Coração de Jesus”. O país não participou do conflito que motivou para intensificar a Campanha Nacional para arrecadação de recursos para sua construção.
 
O Santuário foi inaugurado em 17 de maio de 1959. Além da magnífica paisagem, é composto por várias edificações como o Edifício de Acolhimento para apoio aos peregrinos com serviços administrativos, salas para conferências, camaratas para jovens, cozinhas, refeitórios, Capela do Divino Coração de Jesus e ademais inúmeras obras de arte por todos os lados. 
 
A Alameda Pio XII liga o Edifício de Acolhimento ao Monumento a Cristo Rei com oito pequenos terraços com arbustos e trepadeiras com som ambiente criando um clima de paz e tranquilidade; Pavilhão do Rosário destinados a grandes celebrações, eventos informativos e culturais; Via Sacra ao longo do miradouro com 14 estações em sintonia com a paisagem; a Imagem do Imaculado Coração de Maria com 4 metros de Altura.
 
E ainda, deparamos com mais três belas obras de arte que simbolizam as virtudes teologais: fé, caridade e esperança que estão representadas pela Cruz Alta; Coração e a Âncora, respectivamente. 
 
Além de tudo isso, poderemos subir ao terraço no Cristo Rei e apreciar uma vista em um raio por volta de 20 km. É realmente um lugar deslumbrante, vale muito conhecer…
 
 

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