Wellington Duarte

05/12/2020 10h33
 
 
Sergio moro e o Brazil que gosta dos pilantras
 
 
Existem aqueles pilantras que enganam as pessoas de boa fé e alimenta a cretinice dos que tem má fé. O ex-juiz Sergio Moro é um desses pilantras que conseguiu amealhar apoio de boa parte da classe, que adora a pilantragem de quem é do seu meio.
 
Moro ajudou a desmoralizar o já desmoralizado Judiciário brasileiro, quando assumiu, como chefe de uma gangue, a Lava Jato, um conluio de procuradores que inauguraram o “caça ao Lula”, como forma de destruir a imagem do político em tela, e para isso produziram uma destruição tsunâmica da indústria brasileira.
 
Moro e a milícia lavajatista pintaram e bordaram com os meios processuais, sob o olhar cúmplice de vários ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e sob os aplausos, que duram até hoje dos grandes meios de comunicação. Criaram uma condenação que retirou Lula do processo eleitoral e entregou o país à barbárie bolsonarista.
 
Moro, um dos principais articuladores dessa farsa, negociou um cargo no governo federal, como Ministro da Justiça e tentou, sem sucesso, ser mais rei do que rei, e perdeu. Saiu do governo federal com o rabo entre as pernas.
 
Este senhor, que num país em que as leis fossem minimamente cumpridas, estaria atrás das grades, é contratado, então, como sócio de uma empresa, a Alvarez e Marçal, cuja função é fazer a administração judicial da Odebrecht.
 
Quis o destino, entretanto que essa empresa tivesse emitido, em 2016 e em 2016, declaração afirmando que o triplex do Guarujá é da OAS e não de Lula, o que na época simplesmente foi ignorado pelo juizeco de Maringá, o que permitiu a prisão de Lula por mais de 500 dias.
 
Moro, ainda admirado por uma multidão de imbecis convictos ou não, vem rindo dessa classe média há muito tempo. Usa e abusa dela, fazendo com ela engula suas arbitrariedades e seus crimes.
 
O julgamento da suspeição de Moro, que mofa no STF, seria uma das pequenas reparações que se faria não apenas a Lula, vítima direta desse processo, mas de um Judiciário, que já não merecia muita confiança e que agora quase nenhuma confiança merece.
 
O BraZil gosta de pilantras que não pareçam pilantras. 
 

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