Cefas Carvalho

25/11/2020 09h46
 
O que temos para hoje
 
 
Ler o noticiário continua sendo uma experiência dolorosa, deprimente mesmo. Em qualquer âmbito, mundial, nacional, estadual. Da distante Europa ao nosso rincão potiguar as notícias que nos chegam não são nada alvissareiras.
 
Pelo Mundo afora, principalmente na bela e civilizada Europa a segunda onda da pandemia do Convid-19 ganha força. E óbitos. Itália e Espanha voltaram a registrar muiras mortes (entre 500 e 800 diárias) e Portugal e Alemanha estão em lockdown a espera de evitar o mal maior.
 
No Brasil, presidente e vice continuam com, além do negacionismo e da condução desastrada quanto á pandemia, seus desserviços à democracia, ao bom senso, à civilidade. Mourão, por exemplo afirmou que "não existe racismo no Brasil". Já o filho do presidente, aquele que fritava hamburger nos EUA e achava que isso lhe credenciava para ser embaixador, mais uma vez ofendeu a China, criando novo incidente diplomático com o maior parceiro comercial do país.
 
Aqui em Natal, bela e sofrida capital potiguar, tivemos o desprazer (mas não exatamente a surpresa) de ver um professor de filosofia do IFRN desfilando pelo diversificado e progressista Beco da Lama suas tatuagens de teor nazista, uma águia que simboliza o partido nazista e as letras SS, nome da temida polícia de Hitler. Um nazista no Beco da Lama. Foi achimcalhado e escorraçado, mas mostra o buraco onde nos metemos como sociedade.  
 
É o que temos para hoje. Covid-19, negacionismo, crises e nazismo à luz do dia. Os monstros há tempos se sentem empoderados e perderam a discrição e o pudor (a vergonha não, posto que nunca a tiveram).
 
Domingo teremos eleição nas cidades que foram para o segundo turno. Com chances de vitórias progressistas bem marcantes em São Paulo (com Guilherme Boulos), em Porto Alegre (Manuela D´ávila) e Recife (Marilia Arraes). Portanto, o domingão poderá dar um refresco neste caos todo, no obscurantismo e sonhos de totalitarismo. Esperemos. 

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