Cefas Carvalho

24/06/2020 00h02
 
A incrível história do presidente que não queria governar
 
 
Aconteceu em um país distante. Um deputado do baixo clero sem qualquer projeto de relevância se destacou na mídia prometendo armar a população e "acabar com a corrupção" e em meio a crises políticas, operações judiciárias e desencanto do eleitorado acabou eleito com imensa votação.
 
Uma vez empossado, tinha tudo nas mãos. Congresso tolerante e disposto a dialogar, midia complecente, Judiciário fazendo vistas grossas para as suspeitas pela qual era acusado, oposição tímida. 
 
Havia só um problema: O presidente não queria governar, queria continuar em campanha.
 
E não desceu do palanque. Resolveu lutar contra inimigos reais (mas, acuados e sem espaço) e, principalmente, imaginários. Confrontou justamente Judiciário, Congressoe mídia que toleravam seus arroubos e contradições.
 
Brigou com aliados, saiu do partido pelo qual foi eleito. Economia naufragando, problemas a serem administrados, uma pandemia mundial, e nada de gestão. Só conflitos.
 
Passou a ser perceptível, explícito: O presidente não quer e nunca quis governar, gerir, administrar.
 
Quer brigar. Deseja campanha eleitoral, para haver confronto.
 
Há quem diga que governar dá trabalho. Talvez.
 
Pobre da população deste país, governado por quem se recusa a governar.
 
Para piorar, só se esse presidente fizesse vista grossa e deboche com 50 mil mortos por um vírus sem cura. Mas, aí já seria demais, não é?
 
 

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