Evandro Borges

19/06/2020 00h22
 
A CECAFES e a feira do milho
 
 
Estamos em pleno mês junho, considerado como das festas juninas em homenagem aos Santos, Antônio, João e Pedro, durante todo o mês da maior tradição cultural no Nordeste, de muitas quadrilhas, forró pé de serra, fervilhando de dança, músicas, fogos de artifícios, fogueiras, balões, de muitos amores que encantam a nossa identidade, dentre elas as comidas típicas a base de milho acompanhando a safra, este ano favorecido pelo bom inverno, mas, a pandemia frustrou completamente estas expectativas.
 
O Centro da Agricultura Familiar e Economia Solidária – CECAFES situado entre as Ruas Jaguarari e Capitão Mor Gouveia, em um espaço maravilhoso de comercialização dos produtos da agricultura familiar, da economia solidária e de produtos orgânicos, movimentando o varejo e no atacado, articulado pelas cooperativas da agricultura familiar em cooperação com o Estado, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar.
 
Desde o dia primeiro de junho que a feira se realiza com uma previsão até primeiro de julho, adaptada as condições da pandemia do coronavírus, funcionando no pátio da CECAFES, durante os trinta dias, de domingo a domingo, das 6h às 18h, este ano com apenas dez barracas, diminuindo a quantidade de vendedores, com disponibilização de álcool gel 70% e respeitando o espaço de distanciamento social e controle do acesso ao público, podendo as vendas ser realizadas através do site – loja.cecafes.net.br.
 
A venda das espigas de milho o ano passado atingiu um milhão de espigas  e este ano vai bater este “recorde”, em virtude da super safra, com milho proveniente dos cultivos dos agricultores(as) familiares dos Municípios de Jandaíra, João Câmara, Pedra Preta, Vera Cruz e de alguns Municípios do Seridó do Estado, com a mão de milho (50 espigas) sendo comercializadas entre vinte e cinco e trinta reais.
 
A agricultura familiar é o segmento que abastece a mesa da família brasileira, em que pese todas as dificuldades e percalços, principalmente, causado pela pandemia do coronavírus, sendo um ano completamente atípico, que restringiu a capacidade produtiva, mas, o milho para Natal e a Região Metropolitana está assegurada, para embalar as comidas típicas de canjicas, pamonhas, bolo e pão de milho, a fim de suportar as restrições do isolamento social.
 
A ação de comercialização da CECAFES através da COOAFARN com os poucos incentivos governamentais, vencendo todos os desafios, com um trabalho árduo e dedicado dos seus interlocutores, merecedor de um apoio mais concreto, respeitado pela cidadania e a sociedade realiza um trabalho excepcional para o segmento, sendo uma referência para o mundo do trabalho com uma demanda de produtos de qualidade para as exigências da modernidade e da saúde pública. 
 
 

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