Evandro Borges

08/05/2020 00h02
 
A comunicação pelas redes sociais e as “lives” musicais
 
 
A quarentena imposta para tentar diminuir a expansão do coronavírus começa a produzir formas culturais que a população vem dando bastante aceitação, pela sua multiplicidade de escolha, cada um preferindo o ritmo e artistas com mais identificação, sejam cantores, grupos musicais, humoristas, com uma densidade de assistência invejável, e até “lives” internacionais do porte do tenor Andrea Bocelli na Catedral de Milão vazia, alcançou públicos notáveis em cada país.
 
As “lives” que significa a viver, morar, permanecer, e em face da quarentena, os artistas tem produzido as “lives” em casa, alguns preferiram até a cozinha para apresentação dos shows, demonstrando a intimidade para o sucesso com o seu público cativo, de fato são novos ventos e tempos, que a tecnologia vem permitindo e o tempo vai dizer que serão novas modalidades de festejar a cultura.
 
No Brasil houve momentos que se esperava um ano para o show televisivo de Roberto Carlos, todos em casa para assistir, varando um horário noturno, com uma produção espetacular e muito ganhos para a emissora e para o artista de reconhecimento nacional com um cachê expressivo por força da audiência, mesmo assim, a televisão não paralisou os shows com presença física.
 
A nova modalidade que se enveredou pela quarentena para outras formas dentre elas com os aplicativos, para debates, para reuniões, aulas, para entendimentos de trabalho, para todas as ocasiões, fortaleceu o trabalho remoto, esvaziando formas tradicionais de consultorias e assistência técnica, mas, o que vai se colocar na contemporaneidade e se as “lives” culturais continuarão com o mesmo êxito.
 
Os shows físicos com a presença de grande público, de homens e mulheres, com iniciação de paqueras e namoros, do desempenho artístico físico com a presença de público, cativando os presentes e fidelizando, certamente, vão ter continuidade, e as “lives”  assistidas em casa com a família e amigos, com públicos imensos e separados fisicamente, certamente, também, vão prosperar. 
 
As redes sociais, em que pese os senões das “fakes” e da pós-verdade das versões, estão estabelecidas e tomando a comunicação de veículos tradicionais, basta o menor anúncio e informação, para a notícia chegue  rapidamente ao público, e as “lives” tem assim multiplicado com toda a diversidade cultural, atingindo  fatias importantes dos usuários da internet, sendo o suficiente para a comunicação.
 
A programação dos finais de semana tem sido intensa, em horários que se iniciam cedo, colocando um novo costume e hábito, que vai após a quarentena, ocorrerem mudanças e até conflitos contratuais, pois o momento está se dando como uma alternativa e saída para os artistas diante da crise que não permite a concentração da população, com muitos gestos de solidariedade,  todavia, as “lives” serão opções para a população a partir de agora, plurais, democráticas e de fácil acesso.
 

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