Renisse Ordine

02/04/2020 00h04
 
Bailazul: A literatura azul que encanta e conscientiza sobre o autismo
 
 
Lá vem a bailarina, bailando com a sua luz azul, com as suas palavras azuis. 
 
Lá vem a bailarina que baila e rodopia chamando o seu público para que venham 
 
E deixem o preconceito de lado e se conscientizem de que a diferença é um alerta 
 
Para a aprendizagem.
 
Essa foi a proposta idealizada pela educadora e coordenadora pedagógica, Renata de Castro Camargo Barbosa, a de colocar a bailarina no centro do palco para que ela encante e ensine o seu público, a comunidade em geral, sobre o Autismo. De uma maneira simples e encantadora. 
 
Dia 2 de abril é o dia mundial da conscientização do Autismo.
 
O livro Bailazul foi escrito por Renata quando convidada a participar do Projeto Encantoteca, organizado pelas professoras da creche municipal Alayde Vianna, que consiste numa interação entre as crianças da Educação Infantil com o mundo encantador e revelador da literatura. 
 
A educadora se utiliza de uma linguagem acessível e simbólica para informar sobre o autismo, através de uma personagem que caracteriza a criança azul, cor símbolo do autismo, que se destaca pelas suas características que demonstram a dificuldade de interação social. 
 
Uma difícil realidade em que Renata apresenta as situações do cotidiano de inúmeras famílias e escolas, que precisam estar preparadas para receberem essas crianças especiais. Proporcionando a elas um ambiente em que possam se desenvolver, amparada por um ambiente repleto de carinho, atenção e educação diferenciada. 
 
 O que me encanta nessa leitura, é o modo apaixonante da educadora em apresentar as fases dessa criança especial, apontando os dois lados da situação, o do preconceito e da realidade que a cerca, deixando como lição que nem sempre o preconceito é oriundo da maldade, mas por desinformação. Isso é um fator muito importante, pois destaca a necessidade da união fortalecida entre escola x família x sociedade nas discussões das problemáticas sociais. Facilitando, deste modo, o esclarecimento em diversos setores da comunidade. 
 
Digo apaixonante, pois somente uma educadora devotada pela a profissão, é capaz de incorporar uma criança que tem dificuldade de comunicação e interação, em uma bailarina. Que precisa ter técnica para que se possa andar, enfrentando as dificuldades para poder se levantar cada vez mais, buscando leveza e atenção nas suas ações, isso tudo com a cabeça erguida e o amparo necessário para bailar pelos palcos da vida. E as duas são exatamente assim. 
 
A bailarina azul, Bailazul, representa a criança que ao se sentir motivada pelo amor e entendimento dos pais e da sociedade, e capaz de se erguer com a ajuda dos técnicos (professores e profissionais) para que possa receber os aplausos do seu grande público, ela própria. 
 

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