Wellington Duarte

17/11/2019 21h41
 
REGIME CAPITALISTA X REGIME COMUNISTA: QUEM MATA MAIS  (A GRANDE FARSA QUE DEVE SER REBATIDA)?
 
Quando alguém vocifera contra os “crimes do comunismo”, jogando os “massacres” que os comunistas realizaram ao longo da história, com dados extraídos de livros muito pouco referenciáveis como o “Livro Negro do Comunismo”, um panfleto tosco que adquiriu contornos de best-sellers porque foi “ajudado” pela CIA e por muitos historiadores da direita, que passaram a ter as cifras desse livro, desconfie.
 
Os regimes comunistas, de acordo com esses canalhas, são “muito mais assassino” do que os regimes capitalistas, uma miserável mentira e não cabe, de forma nenhuma, uma “disputa por cadáveres”, para saber quem foi menos ou mais “regime assassino”.
 
Se fôssemos elencar os massacres, genocídios, matança e torturas, os regimes considerados “capitalistas” preencheriam um livro negro completo. Basta dizer que os campos de concentração foram criados pelos ingleses no final do século XIX na África do Sul; as potências imperialistas, durante o período em que colonizaram a África, foram responsáveis por atrocidades inimagináveis, e o exemplo mais macabro foi a ocupação do “Congo Belga”, onde o genocídio foi a marca mais clara deixada pelos belgas; ou mutilação de mais de 500 mil quenianos, durante a rebelião dos mau-mau.
 
Como deixar de fora, as guerras genocidas, como a de Biafra, na Nigéria; ou o massacre étnico em Ruanda, quando em três semanas foram massacradas mais de 900 mil pessoas? Reportemos um milhão de armênios mortos pelos turcos durante a primeira guerra. Esses números não revelam o aspecto macabros dos regimes opressivos, como o de Trujillo, na pequena República Dominicana: de Banzer na Bolívia; de Pinochet, no Chile ou dos genocidas militares argentinos. O “Bogotazo”, que deixou mais de 200 mil mortos na Colômbia, não foi obra de regime comunista.
 
Lembremos, por exemplo, da Guerra da Argélia, onde os franceses mataram mais de 1 milhão de argelinos, cifra quase igual à matança que os EUA promoveram no Vietnã, Laos e Camboja, entre 1954 e 1975. Ditadores menores, como Bokassa, na República Centro-Africana; Mobuto Sese Seko, no Quênia; e Idi Amim, em Uganda, famosos pela sua fúria homicida, não eram “comunistas”.
 
Como eu disse, a lista é enorme, e não esconde os crimes cometidos em nome do comunismo, como o caso do Kampuchea, com o ensandecido Pol Pot, cujo regime ceifou da vida 2 milhões de cambojanos, para criar o “novo homem” e foi derrubado em 1979 por outro regime comunista, o do Vietnã. Os expurgos no regime soviético, embora longe de serem atos genocidas, mancharam a construção do socialismo na URSS e os erros na política econômica na China, no período de Mao, trouxeram a “Grande Fome”, que matou milhões de chineses, fruto de uma combinação de secas devastadores, burocracia ensandecida e uma política econômica.
 
Holodomor, a fome ucraniana, de 1932-33 é “reverenciada” como sendo uma amostra dos regimes assassinos, mas essa mentira derivou de uma decisão tomadas pelos proprietários rico, os kulaks, em empreender uma feroz resistência contra a coletivização da agricultura soviética, que devastou o campo do novo país, entre 1929 e 1933, com os kulaks abatendo 80% do gado e queimando colheitas inteiras, o que detonou uma grande fome. 
 
Portanto, quando alguém chegar perto de você, comunista, e vier com esse discurso desprezível, jogue-lhe na cara que os regimes genocidas, que matam de todas as formas são as que defendem o regime capitalista.

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