Cefas Carvalho

09/10/2019 00h30
 
DAS CONVERSAS MODERNAS E SOBRE AS ´BOYZINHAS` 
 
Eu na pizzaria, terminando minha brotinho portuguesa e meu suco de cajá, ouço os dois rapazes na mesa ao lado, idades entre dezoito e vinte e um.
 
- Tu viu a boyzinha que passou, doido?!
 
- Tô ligado. Já fiquei com a irmã dela.
 
- Tu ficou com a irmã dessa boyzinha, galado?
 
- Foi mês passado. É uma boyzinha bem massa!
 
A vontade era de ouvir mais, porém os compromissos eram mais urgentes que a curiosidade de escritor-ouvinte. Levantei para pagar a conta. Que os dois rapazes tenham tido sorte com as ´boyzinhas`.
 
Mas, bom humor à parte, é previso registrar que não há problema dos rapazes falarem desta forma. A língua portuguesa é dinãmica, e gírias e expressões locaos são aceitas como maneira de comunicação.
 
Há que se ter compreensão com os processos de dinamismo da língua, principalmente em sua forma oral.
 
Claro que é um prazer ler um texto bem escrito em português, mas, no dia a dia, as variantes da modernidade são aceitas. Ou a geração que hoje cobra um português mais castiço não é o mesmo que há quarenta anos falava dos "brotos" e "uma brasa" junto com Roberto e Erasmo Carlos.
 
Então se as meninas eram uns "brotos" nos anos 60 e umas "gatas" nos 80, que sejam as "boyzinhas" dos rapazes de atialmente. 

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