Evandro Borges

16/11/2018 10h33
 
Robinson Farias e Paulo Coutinho
 
As eleições gerais encerradas no dia 28 de outubro do fluente ano com resultados que demonstraram o sentimento de mudanças do eleitorado, sem hegemonias, no mínimo apontando para uma nova postura dos agentes políticos, inicia-se o processo eleitoral da OAB, com registros de chapas e disputa do eleitorado da advocacia,  de uma instituição das mais importantes, conseguindo chamar atenção da sociedade civil e da cidadania.
 
O interessante da chapa situacionista, encabeçada pelo advogado Paulo Coutinho tentando a reeleição, do seu marketing e comunicação social é a semelhança, senão, igual, ao do Governador Robinson Farias, a mesma cor azul, as mesmas mãozinhas levantadas e espalmadas, até a comunicação social dirigida pelo jornalismo que apoiou nestes quatro anos o Governador, assim nos levou a associar os pontos de confluência entre Robinson Farias e Paulo Coutinho.
 
O que marcou o Governo Robinson Farias levando a rejeição do eleitorado foi o atraso de pagamento dos servidores, faltando com o pagamento do 13º salário no momento disposto em lei, estampando a falta do controle das finanças públicas, e Paulo Coutinho atrasou a prestação de contas da entidade da advocacia da seccional do Rio Grande do Norte, demonstrando também, descontrole com as finanças da instituição.
 
Outro aspecto negativo da gestão de Robinson Farias foi o tratamento dispensado a violência que se abate contra a sociedade, não conseguindo, sequer, atenuá-la, sem falar do sistema prisional do que aconteceu em Alcaçuz, e Paulo Coutinho foi completamente omisso em relação aos direitos humanos, principalmente, com as viúvas dos policiais que tombaram no exercício profissional, ficando silente quanto à indenização das famílias.
 
No aspecto político a traição promovida por Robinson em face do apoio que recebeu do ex-presidente Lula, apoiando o golpe travestido de impeachment contra Dilma foi estarrecedor, e Paulo Coutinho e o Presidente da OAB federal serviram de chacota apoiando de última hora o procedimento do impedimento, logo para o ex-presidente da Câmara Federal, o Deputado Eduardo Cunha.
 
Robinson de Farias não foi capaz de se posicionar em relação às reformas trabalhista e previdenciária, como também, Paulo Coutinho atuou de forma pífia em defesa das prerrogativas do exercício da advocacia, ao ponto que uma cadeia pública construída recentemente, no Estado Democrático de Direito não ter uma sala para o atendimento da advocacia.
 
A “onda azul” que Paulo Coutinho deseja fazer, a mesma que Robinson Farias tentou realizar no final da campanha, deve ser  para minguar os poucos votos que ainda tem, devendo os advogados e advogadas, votarem na oposição de verdade, na chapa mais plural, que defende incondicionalmente a Constituição Republicana, e esta é a chapa 20, com Magna Letícia e Carlos Araújo. 
 

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