Evandro Borges

09/11/2018 00h32
O momento político atual, pós-eleição, ainda é de alta temperatura, com a mídia anunciando reformas que segue a toada do extremo neoliberalismo, que não resolve as crises, até pelo contrário, vem mergulhando os países em crise profunda como  acontece com a vizinha Argentina, fragilizando o bloco do Mercosul, com propostas de diminuição do Estado, de privatizações e redução de direitos.
A articulação no Congresso com mais redução de direitos, ao ponto de estar sendo encaminhada propositura no sentido da extinção da Justiça do Trabalho, colocando até dentro do contexto da Justiça Comum, acendendo um sinal vermelho para todos que fazem aquela Justiça e do Ministério Público do Trabalho, com problemas diretos de todos aqueles que se socorrem da Justiça para assegurar direitos mínimos, até de ordem salarial.
 
A Reforma da previdência vai voltar à ordem do dia, com todas as propostas de redução de direitos, retirando garantias para as gerações que se entregaram a produção e precisam da aposentadoria para respaldar a vivencia civilizatória com dignidade, além da proposta de pluralidade sindical para quebrar de vez a coluna vertebral das mobilizações e resistência as transformações neoliberais
As propostas neoliberais extremadas do novo governo eleito conduzirão a mais reformas de natureza constitucional, mais PECs, que não podem afrontar dispositivos estabelecidos nas garantias fundamentais, não sendo estas objetos de alteração por Projeto de Emendas Constitucionais, devendo a sociedade civil ficar de alerta, e principalmente a Ordem dos Advogados do Brasil, fundada para defender a liberdade.
 
O momento é de eleição na OAB, concorrem três chapas para seccional do RN, apenas uma de oposição, reunindo as forças vivas da advocacia e da sociedade, de maneira plural, representativa, as da continuidade assumidas e a de sublegenda, com anos dirigindo a ordem, não estão capacitadas os desafios da atualidade, de enfrentar o neoliberalismo extremado, a retirada de direitos, e possivelmente ataques a Constituição, que vai exigir um posicionamento claro das instituições da sociedade civil.
 
Neste panorama que exige a defesa da constituição de maneira incondicional, da garantia de direitos, das prerrogativas do exercício profissional da advocacia, das liberdades individuais e coletivas, de colocar todas as comissões temáticas para funcionar a fim de ser assegurada a capilaridade social, da interação dos poderes respeitando as especificidades, somente a oposição para enfrentar de maneira corajosa e destemida.
 
Não poderá haver vacilações, na defesa da construção democrática, que tem como marco a Constituição Republicana, que chega aos trinta anos com todas as suas Emendas, e a advocacia, homens e mulheres, chegou o momento da chamada de responsabilidade, de eleger a chapa 20 encabeçada por Magna Letícia e Carlos Araújo. 

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