Andrezza Tavares

04/11/2018 01h15
Ideias filosóficas sobre o filme “A Banalidade do Mal”
 
O filme a Banalidade do Mal, dirigido por Margarethe Von Trotta, realça a cara reflexão filosófica proposta por Hannah Arendt sobre o mal praticado no cotidiano dos sujeitos como um ato qualquer. No filme, uma filósofa comprometida com a docência e a pesquisa acadêmica tenta desmistificar o que se passa na subjetividade de um homem comum (comportamentos e hábitos tradicionais, iguais a tantos outros exemplares humanos e aprovados socialmente) como o personagem Adolf Eichmann, mas que todavia, foi capaz de se configurar em um dos maiores carrascos do episódio histórico do nazismo. 
 
É exatamente a postura comum/ofensiva de Eichmann o objeto de análise de Hannah Arendt que lhe permite construir a ideia de Banalidade do Mal. Um conceito crítico e curioso.  
 
Após a apreciação do filme citado, algumas ponderações que nos ocorrem reflexivamente:
 
Para Santo, Agostinho o mal é a ausência de Deus;
 
Para Rousseau, o homem nasce bom, a sociedade é que o  corrompe;
 
Para Nietzsche, o  ser humano é portador de instintos animais  e  o que o move é o palco da força em conflito e a vontade de poder, a luta pela dominação;
 
No totalitarismo acontece a morte da pluralidade de ideias e da diversidade, nessa falta de imaginação emergem os comportamentos e valores que banalizam a desumanição;
 
A  coletividade estabelece a hegemonia do pensamento. Isso se chama  efeito deletério, o coletivo  pensa, mas  não reflete;
 
A democracia também pode ser palco de inúmeras violências, pois o voto pode ser destinado pela alienação em seguir a multidão;
Para ampliar as compreensões da biopolítica sinalizada no filme a Banalidade do Mal, recomendamos a obra de Foucalt.
 
Para Hannah Arendt, o sentido da vida apresentava-se, necessariamente, por meio da partilha. Argumenta que a condição de seres humanos apresenta-nos o desafio de reconhecer o duplo imperativo, o de sermos irmãos e o da finitude de nossas vidas. 
 

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