Evandro Borges

13/10/2018 10h05
As eleições e a questão econômica
 
 
As eleições presidenciais não surpreenderam com o resultado para o segundo turno, todavia vale ressaltar, no que se refere ao crescimento pontual de Ciro Gomes, o desaparecimento eleitoral de Marina, e a votação pífia de Alckmin e a cristianização de Meirelles.  O MDB abandonou completamente a sua candidatura, pois era um homem marcado com a desastrosa política econômica do Governo Temer. 
 
O Governo Temer aprofundou o desemprego no país com sua política econômica que privilegia o “mercado”, dando tudo ao setor financista, entregando o precioso Pré-sal, enfraquecendo a Petrobrás, promovendo privatizações, com uma política trabalhista liquadacionista de direitos, redução dos recursos das políticas e programas públicos, afetando a saúde, educação e a segurança.
 
O eleitor brasileiro precisa conhecer as propostas para economia dos candidatos que estão disputando a presidência, dizer simplesmente que vai continuar a política do governo Temer, não serve, já foi rejeitado no primeiro turno, deve ser explicitado como deve ser gerado os empregos que os brasileiros precisam, fortalecer o “mercado”, significa mais privatização, fortalecimento do setor financista em detrimento da produção e geração de emprego.
 
A reação do “mercado” com o crescimento da bolsa e o indicativo da queda da especulação do dólar consistem em  indicativos da continuidade da política econômica dos setores privilegiados, que já conquistaram cinquenta por cento do orçamento público nacional para pagamento de juros em detrimento das políticas públicas, da colocação de boa parte dos brasileiros na extrema pobreza e com o crescimento da violência.
 
A fuga das pessoas e famílias dos setores médios, principalmente dos aposentados mais privilegiados para os países do primeiro mundo já é uma realidade, inclusive para Portugal, com adoção de políticas econômicas e sociais fortes, com investimentos significativos na educação e na saúde, barateando o custo de vida que os brasileiros, também, se beneficiam no exterior.
 
As mudanças apontadas nas eleições de sete de outubro pelo eleitorado brasileiro precisa se refletir no segundo turno, com as candidaturas apresentando sem subterfúgios as propostas para a política econômica, que  associem o crescimento econômico em todos os setores e ao mesmo tempo, promova a justiça social, com políticas bem definidas.
 
O tecido social não pode ser mais esticado, a política do Governo Temer e sua continuidade com consequências nefastas, descambando para mais injustiças e violências, afetando inclusive o processo democrático em construção, pois entregar, simplesmente, as riquezas nacionais e enfatizar a política neoliberal, vai gerar mais confrontos humanos e sociais.

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