Cefas Carvalho

10/10/2018 00h31
Passamos da fase de agressão nas redes sociais para a de milícias nas ruas
 
Passei um ano debatendo, lendo sobre e analisando a agressividade dos apoiadores daquele cujo nome ainda não deve ser mencionado nas redes sociais. Algo além dos limites básicos de civilidade e bom senso. Todos pensávamos, "ah, eles são covardes e agem assim porque estão na segurança dos teclados e da rede".
 
Mas, passamos para a fase seguinte, infelizmente.
 
Com a passagem da criatura para o segundo turno, em poucos dias registrou-se uma sequência sistemática, inequívoca, quase organizada de agressões físicas, verbais, ameaças (a professores, mulheres, população LGBT e negros) e um assassinato.
 
Percebe-se - e já testemunhei algo do gênero em Natal e Parnamirim - a formação, ainda que informal, de milicias. Grupos de perfil parecidos, homens, brancos, héteros, quase sempre sarados e barulhentos. Policiam cor de camisetas, adesivos em carros, orientação sexual, gestual e comportamento.
 
Quando pensamos que viveríamos isso? Mas é hora é de resistir, comportamental, social e politicamente, principalmente.
 

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