Pinto Júnior

11/07/2018 09h23
Como é de conhecimento público o senador José Agripino Maia (Dem), jogou a toalha e desistiu de disputar reeleição para o mandato de Senador da República. Agripino tentará ocupar o lugar que hoje é do filho, Felipe Maia. O filho, não disputará mandato.
 
Entre as pessoas mais interessadas em política partidária, há claramente duas correntes quando o assunto é o senador Agripino Maia. Uma corrente entende que será campeão de votos e outra acha que ele em outra faixa poderá ter votação pífia.
 
O argumento de quem acha que o senador vai ser campeão de votos apresenta os seguintes argumentos: Tem um partido na mão, tem as emendas parlamentares de senador e as emendas parlamentares do filho, Felipe. Logo, estas emendas estariam "amarrando" os prefeitos, possibilitando ao ser senador uma votação estrondosa para Câmara Federal.
 
Já àqueles que não tem simpatia pelo senador compreende que, o fato de estar envolvido em denuncias de corrupção lhe torna marcado. Que o fato de ter perdido o apoio de Rosalba em Mossoró lhe trás prejuízos eleitorais. Também que os eleitores "obedecem" mais aos prefeitos em relação ao voto para deputado estadual e menos para federal. 
 
Principalmente, se argumenta que, o eleitor e a eleitora não gosta de votar em político que disputa cargo de menos importância do que o cargo já ocupado. Exemplos não faltam. A ex-governadora Wilma de Faria foi prefeita de Natal várias vezes e duas vezes governadora, mas quase perdeu para vereadora. Raimundo Marciano foi prefeito de Parnamirim e depois perdeu para vereador. Francisco Cabral foi vice-prefeito de Parnamirim duas vezes e depois perdeu para vereador. Epifânio Bezerra foi vice-prefeito e era um nome forte para prefeito. Mas decidiu disputar para vereador e perdeu. O eleitorado estava acostumado pensar em Agripino para Senador e até para vice-presidente da República.
 
 A candidatura de Agripino pode ser entendida como um declínio e também por isto, pode ser abandonada pelo eleitor. Ademais, o que se comenta é sobre seu pragmatismo. Sobre a necessidade de foro privilegiado. Outro fato que afasta o eleitor. Mas, evidente que este texto não tem poder de prever. Apenas de refletir.

 


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