Andrezza Tavares

12/06/2018 16h16

Profa. Dra. Andrezza M. B. do N. Tavares

Profa. Mstd. Diana de Oliveira Mendonça

Prof. Dr. Fábio Araújo dos Santos

Segue um ensaio de entrevistas sobre o tema Felicidade. A mesma pergunta realizada gerou falas interpretativas completamente distintas. Algumas respostas foram mais objetivas, mas outras realçaram histórias e ponto de vistas fantásticos. A maioria dos entrevistados se mostrou solicito e muitos deles revelaram alguns fatos íntimos, como suas relações familiares e conflitos pessoais. Gostamos muito da experiência. Compartilharemos nas linhas abaixo com os nossos interlocutores.

Foto: Andrezza Tavares

Pollyana Galvão, 23, estudante de Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Cursando o 8° período do Curso de Jornalismo):

“Eu acho que felicidade é um conjunto de muitas coisas né, desde os sentimento, as sensações, as vivencias... Dentro de tudo isso eu destaco a harmonia, o amor, o amar e ser amada... É quando eu vejo igualdade de tratamento, é quando eu vejo a luta do povo, das

minorias avançando... É quando eu vejo o meu filho crescendo de maneira mais consciente... É quando eu amo e sou amada eu me sinto muito feliz.”

Foto: Andrezza Tavares

Ananda Krishna, 26 anos, artista com ênfase no canto (cantora), formada em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2014:

“O que me faz mais feliz são os encontros na vida. Eu acho que o que me traz mais felicidade é a troca do encontro e talvez por isso eu seja artista (cantora), e atriz também, que são artes que se dão pelo encontro... A gente vai cantar para as pessoas, vai interpretar para elas tendo a troca com o público como o propósito... O encontro é o que me faz mais feliz pois conheço pessoas, encontrar pessoas é trocar ... essa troca é mágica.”

Foto: Diana Mendonça

Mario Jr., 35, vendedor e estudante do curso de Administração da UFRN:

“A minha família me faz feliz. A falta deles me deixa sem gás, por mais que família é sempre uma fonte de novas situações... Relações interpessoais são muito complicadas. Acho que lidar com gente talvez seja o maior desafio que nós temos. Primeiro consigo mesmo e pior ainda com o outro. Mas eu gostaria muito de estar mais próximo dos meus filhos e fazê-los felizes. É isso: fazê-los felizes, me faz feliz.”

Foto: Diana Mendonça

Claudio Marcilio, 25, vendedor e estudante do cursinho PROCEN:

“Passei muito tempo longe dos meus pais e irmãos. Eu saí de casa em 2011 e só há dois anos retomei o contato com meus pais. Por isso acho que o que me faz feliz é estar próximo da minha família e saber que eu não estou sozinho.”

Foto: Diana Mendonça

Álvaro Duarte, 34, agente de atendimento.

“Sinceramente, algo que me faz feliz é quando as pessoas que eu gosto, as pessoas que estão ao meu redor e que eu gosto, estão felizes. Essa sensação acaba me contagiando também. Seja no trabalho, ou em outros locais, um ambiente onde as pessoas estão felizes me deixa feliz também. O contrario também acontece e se eles estão mal eu também fico.”

Foto: Diana Mendonça

Barbara Sambugaro, 34, estudante do curso de Turismo da UFRN:

“De um tempo para cá com essa historia de Dilma, de Bolsonaro, de Temer, etc, as pessoas estão brigando demais por política. Elas se esquecem de que em primeiro lugar, somos todos brasileiros. Somos brasileiros antes de tudo, independente de partido político. E o que tenho medo é que a gente consiga plantar uma sementinha que na minha época não existia, porque quando eu terminei o colegial eu não via oportunidades para fazer uma universidade. Hoje as pessoas têm mais acesso e isso está ficando banal. E é isso que me dá medo. O que me dá mais medo é continuar assistindo as coisas do jeito que elas vão acontecendo. Eu vejo pessoas desistindo de estar na universidade para trabalhar de Call Center, por exemplo. E na minha época entrar na UFRN era uma emoção tão grande. É muito difícil ver que as pessoas estão banalizando isso, desistindo dessas conquistas, por questões políticas. Se tem uma herança que um pais e uma mãe podem deixar é a educação.”

“O que me faz feliz hoje é estar dentro da UFRN. O que para muita gente não é nada, mas para mim é tudo. Ser estudante de uma universidade federal, participar de todas as conquistas que foram realizadas pelas pessoas que construíram a universidade, estudantes, professores ou funcionários. Estar aqui dentro e poder dizer que eu vou levar um pouco do que eu estou vivendo, para mim é muito importante. E poder passar isso para a minha irmã, é muito importante também. É uma conquista para mim e para minha família estar aqui. Ser estudante do curso de turismo, participar de pesquisas, estudar, isso me faz feliz. É uma realização muito grande e era uma coisa que eu queria muito e eu não pude fazer antes.”

Foto: Diana Mendonça

Agda Priscila, 27, estudante do curso de Direito da UFRN:

“O que me faz feliz é estar bem, que minha família também esteja bem. E estar fazendo o que eu gosto.”

Foto: Diana Mendonça

Deyze Ferreira, 28 anos, psicóloga e estudante do curso de Pedagogia da UFRN:

“Autenticidade me faz feliz. Ter experiências em que sou autêntica ou em que me encontro com a autenticidade do outro, ou no outro. A poesia me faz feliz. Poesia em texto, lugares, músicas, imagens, pessoas. Os sabores também me trazem felicidade. Comer, saborear, compartilhar felicidade através da comida e dos encontros que ela possibilita. As cores me

trazem felicidade. Enxergo a vida através delas, a partir delas, sozinhas ou juntas, mescladas ou sobrepostas. As cores convidam às vivências, à procura da essência. Os ritmos também me trazem felicidade. A abertura, a sensibilidade, reconhecer o corpo e dotá-lo de vida, de sensações, de poder.”


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