Cefas Carvalho

06/06/2018 01h04
Situação que já vivi centenas de vezes. Sempre um deja-vu. Entro na loja para comprar incenso. Em Natal, à venda, em shoppings, em lojas de produtos indianos. Mas quase sempre em lojas de artigos religiosos.
 
Mal começo a olhar, a vendedora, simpática, se aproxima.
 
- Posso ajudar?
 
- Não, obrigado. Estou só procurando os que gosto.
 
- Tem esse aqui para chamar dinheiro.
 
- Estou procurando tipo manjericão, canela, hortelã, erva-doce...
 
- Ah, sim. Esse aqui atrai felicidade.
 
- Moça, felicidade e dinheiro eu corro atrás. Quero incenso de odores de cozinha, para cheirar na casa, tipo menta, baunilha...
 
- Temos sim, por aqui...
 
Comprei um de alecrim, um de canela (dos meus preferidos).
Na hora de embrulhar ela ainda disse:
 
- Canela é bom que traz força...
 
Pensei em dizer que só esperava mesmo do incenso era o cheiro (e da canela, na cozinha, o sabor), mas deixei para lá. Agradeci, paguei, peguei o troco e sorri rapidamente.
 

 


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