Cefas Carvalho

21/05/2018 14h26
Na vida adulta, toda proximidade de Copa do Mundo me leva à reflexão se torcerei ou não pela seleção brasileira (que não, não é a "patria de chuteiras", mas tão somente uma equipe esportiva).
 
Quase sempre quando tendo a torcer me deparo ou com escândalos e contradições da CBF ou da promíscua relação da seleção com a mídia (leia-se: Rede Globo) e aí decido torcer por Argentina, Espanha, Camarões, Gana etc.
 
Gosto muito de Tite, mas ve-lo "comentando" no Fantástico do domingo sobre as qualidades dos jogadores convocados foi constrangedor. Tipo um "Be a Bá para leigos". O treinador explicando com ar professoral as qualidades de Daniel Alves e Marcelo, jogadores que assistimos semanalmente nos seus times há 10 anos beira o absurdo.
 
Já o programa afirmar que Tite "descobriu" o goleiro Alisson já é canalhice e manipulação mesmo. Quem "descobriu" o desconhecido Alisson quando ainda no Internacional (clube que a Globo raramente transmite partidas) foi Dunga, velho desafeto da emissora. Tite "herdou" Alisson e poderia ter falado isso para a reportagem.
 
Claro que a Globo transformaria Tite em herói. É necessário esse tipo de estratégia para vender o produto transmissão da Copa. Mas, não precisava faze-lo de maneira canalha e nem constrangedora. Mais do mesmo.

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