Cefas Carvalho

10/05/2018 22h09
Pag Fácil do Nordestão do Alecrim parecida com o próprio bairro: Cheio e caótico. Eu, na fila imensa, 17h30 em um local que fecha invariavelmente às 18h e sem lotéricas abertas nas imediações.
 
Todo mundo na fila estressado, receoso de não dar tempo de pagar as contas. Chega enfim a vez da moça que estava na fila na mesma meia hora que eu. No guichê, e só lá, ela lentamente começa a abrir a bolsa para procurar, com psicótica calma, os boletos.
 
Mais á frente - quase 18h - o senhor que termina de pagar no guichê, começa a dobrar lentamente os boletos pagos e abrir a carteira para guardar os vinte reais de troco. Com a calma de um monge budista. Na frente do guichê, sem se afastar vinte centímetros para dar lugar à pessoa seguinte na fila.
 
17h55 chega a senhora bonitona (eu ia dizer perua, mas deixa pará lá). Olha os guichês, depois olha a fila. Respira. Ajeita a chave do carro em uma mão, o celular na outra. Como parece claro que ela está louca para furar a fila, os próximos dela - eu incluso - nos posicionamos em posição de predador para o bote nos guichês. Ela percebe a animosidade e com uma rabissaca, volta em direção ao carro. Que, aliás, estava estacionado em duas vagas, velha tradição natalense.
 
O melhor do Brasil é o brasileiro? Sei.
 
Ah, e consegui pagar meu boleto. Às 17h57. Os poderes de Greyskull estavam comigo desta vez.

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