Prof. Aderson Freitas Barros

13/03/2018 09h22
De acordo com pesquisa realizada apenas três em cada dez brasileiros, com renda superior a cinco salários mínimos, conseguiram encerrar novembro de 2017 com dinheiro guardado.
 
Considerando todas as classes sociais, somente 20% conseguiram poupar, e o valor guardado foi em torno de R$ 400,57. Os dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) foram divulgados em fevereiro.
 
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a falta de disciplina torna o controle das finanças muito mais difícil.
 
“O consumidor deve ter em mente que um orçamento controlado pode fazer toda a diferença no fim do mês. O ideal não é poupar somente o que sobra no fim do mês, mas sempre reservar uma quantia fixa”, completa Kawauti.
 
Infelizmente essa forma é a menos utilizada pelos consumidores. Apenas 5% separam sempre a mesma quantia por mês. E 25% separa apenas o que sobra do orçamento após realizar o pagamento de todas as contas.
 
“Se o consumidor deixar para poupar o que sobra, é mais difícil ceder aos apelos de consumo. O mais indicado é dividir o orçamento em gastos obrigatórios, gastos com lazer e com  aquilo de que se gosta e uma parte para investimentos, que precisa ser sagrada e ter objetivos distintos”, explica o educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli.
 
De acordo com o Indicador Mensal de Reserva Financeira, com 60% de menções, o destino mais frequente desse dinheiro é a caderneta de poupança.
 
Em segundo lugar estão as pessoas que costumam guardar dinheiro em casa (18%), seguido pelos fundos de investimento (13%); a previdência privada(10%), certificados de depósito bancários (8%); o Tesouro Direto (4%), e por fim o dólar (2%).
 
Aqueles que guardam dinheiro em casa alegam que preferem essa forma devido a facilidade de utilizar o dinheiro em caso de necessidade, sem que haja alguma burocracia.
 
Além disso, a poupança se torna mais atrativa do que as demais aplicações de renda fixa, devido ao recuo da taxa básica de juros da economia (Selic), de acordo com especialistas do SPC Brasil.
 
A economista Marcela Kawauti ainda explica que “o atual ciclo de queda de juros acaba diminuindo a rentabilidade de investimentos atrelados à Selic e favorecendo a poupança, que é isenta de imposto de renda”.
 
O educador financeiro José Vignoli sugere que o dinheiro seja depositado em uma conta poupança. Dessa forma são gerados rendimentos e não há dificuldades para sacar determinada quantia.
 
“O dinheiro não fica parado e não deixa o consumidor vulnerável, uma vez que os recursos guardados na própria casa podem ser roubados ou perdidos“, destaca. Além disso, vale lembrar que os recursos ficam segurados pelo Fundo Garantidor de Crédito.
 
De acordo com as pesquisas realizadas, 57% dos entrevistados conhecem investimentos em ações e 55% já ouviram falar em fundos de investimentos. Já o Tesouro Direto é conhecido apenas por 33% dos poupadores.
 
A pesquisa aponta que o principal propósito de guardar alguma quantia de dinheiro é para que haja garantia contra imprevistos.
Entretanto, a cada dez brasileiros que guardaram dinheiro, quatro já precisaram sacar uma parcela desse valor devido a imprevistos. Como contas da casa ou dívidas. 
 
É importante criar diferentes reservas para cada objetivo de vida como viagens, imprevistos e principalmente para garantir uma aposentadoria tranquila. 
 
Dessa forma são evitadas surpresas ruins.
 
De todos os entrevistados apenas um terço poupou dinheiro para lidar com alguma doença ou morte na família. Outra parcela guardou dinheiro para garantir o bem-estar da família no futuro. 
 
A menor parcela de todas, poupa para que tenha uma aposentadoria tranquila, motivo esse que deveria ser um dos principais.
 
Escrito Equipe Skill, com adaptações. 

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