Pinto Júnior

02/01/2018 11h37
No YouTube vejo o apresentador Jô Soares entrevistando o cantor Roberto Carlos. Para o “Rei”, não há nada melhor que sexo, sexo com amor e sorvete. Sobre sexo não tem como discordar, mas sobre o sorvete há controvérsias. Roberto Carlos certamente não conhece as delícias de nossas paragens. 
 
Certamente o “Rei” não degustou o delicioso caldo de cana do Moacyr em Parnamirim. Logo ali atrás da Igreja Católica, indo para o Sul da Base. Não comeu o cuscuz da padaria Japão. Não parou no espetinho do Eucalipto e nem no Bar do Cazu, em Nova Parnamirim. Em Pirangi, será que experimentou a Paçoda do Pilão?  Não comeu e nem bebeu nas calçadas da cidade Trampolim da Vitória...
 
Nunca deve ter experimentado tapioca com ginga na Redinha, em Natal. Nunca Parou em Extremoz para comer grude. Nunca foi ao mercado de Ceará-Mirim para tomar café com tapioca molhada com óleo de coco. Nunca parou no restaurante de Zé Maria, na saída de Ceará Mirim para Taipu. Não comeu o camarão no Bar da Rosa ou do Bar De Cor, no Pajuçara, São Gonçalo do Amarante. Nem desconfia da existência da carne de sol oferecida no Bar do Agnaldo em Macaíba. Agora que voltou a comer carne, bem que poderia fazer uma visitinha, é melhor que a Friboi. Por que não no Bar do Duda, em Mangabeira? Quando for visitar Santa Rita de Cassia, em Santa Cruz, se for na hora do almoço, não vai se arrepender se parar na Galinha da Elza. Pode se deliciar com a galinha caipira, com arroz temperado com o caldo natural da própria galinha.  Talvez não conheça Nísia Floresta. No terminal rodoviário, em frente ao Baobá, se come um bolo da moça com café arretado. Passa lá Bicho! Em São José de Mipibu, tem o Camarão Engenho Velho e até Bistrô Júlios. Mas, tem caldo de feijão e ovo frito também. O restaurante do Gordo em Maxaranguape. Na estrada para o Seridó, jamais parou em Lajes, no Militão. Certamente nunca experimentou a paçoca de Eugenio na Feirinha de Caicó, durante a festa de Santana. 
 
Quando chegar a hora de uma temporada pelo Nordeste, Na estrada do Rio Grande do Norte para a Paraíba, já não conseguirá comer a favada do kinca, em Goianinha. Deixou de existir. Mas, antes de chegar à Canguaretama, pode parar no restaurante: Tupi. É certeza de macaxeira com galinha torrada. Se for pela estrada de Jaçanã, não se arrepender se parar em Tangará para experimentar o pastel com café e leite misturados. 
 
Antes de sorvete ainda recomendaria outras iguarias. Em outros tempos, o Tripa Torrada do Galego em Cuité, na Paraíba.  O Bar de Dona Pretinha na feira de Nova Floresta, onde se degustava o melhor picado. O café moído artesanalmente e coado de Vó Basília, que perfumava toda a casa quando passado. O licor e o doce de leite de Dona Anaíza. Mas, ainda pode-se degustar: O suco de uva do bar de Ronaldo e o caldo de mocotó do Bar do Coelho.  Antes do sorvete, a panelada de Dona Ivanete Pinto.  Mas, depois de tudo, se não passar a vontade de tomar sorvete, em Jaçanã tem a sorveteria do Luiz Lopes e em Nova Floresta tem a sorveteria do Vavá de Seu Alfredo Lopes, o mais torcedor de todos os vascaínos. 
 
Jô Soares tem origem na Paraíba e deve conhecer estas iguarias. Roberto nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Desde os 14 anos, mora no Rio de janeiro. Mas nunca é tarde para experimentar algumas iguarias do Nordeste. Sexo não dá para discutir. Sorvete é bom, mas depois das iguarias do Nordeste! Valeu cara!
 
 
 

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