Evandro Borges

05/09/2017 11h28
A reforma política no país como outras constituem uma necessidade, para o Brasil avançar, com crescimento econômico, com geração de emprego, redução da pobreza, respeito ao meio ambiente, com uma máquina administrativa com qualidade, com ética, com pluralidade, diversidade de pensamento e de ideias, com muito diálogo e se buscando consensos, construindo um projeto nacional que seja de todos, e não de apenas alguns segmentos.
 
Ainda, nas eleições presidenciais de  2014, que resultou na eleição da chapa Dilma/Temer, uma aliança de instituições, realizou um plebiscito para motivar uma Constituinte específica e exclusiva para a Reforma Política, conseguindo mais de seis milhões de assinaturas, tamanha a capilaridade social, envolvia a Igreja Católica através da CNBB, da OAB, as Centrais Sindicais, Universidades e muitas entidades, mas, o pleito foi malogrado em face ao tratamento destinado pelo então, presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, preso na operação lava-jato, depois do impeachment da Presidente Dilma.
 
A necessidade da Reforma Política a cada eleição se mostra premente, para equilibrar os pleitos, diante da avalanche econômica e política, que tornam os pleitos questionáveis, após tantas mudanças, para coibir as “brejeiras” modernas, sendo uma falha, que soltam aos olhos, os partidos políticos, a sua quantidade, a falta de legitimidade, sem nenhuma cláusula de barreira, o acesso aos meios de comunicação banalizada, as frequentes mudanças partidárias de direção, a falta de fidelidade aos programas, propostas e concepções. 
 
Agora a moda é a mudança de nome partido, sem maiores explicações a opinião pública, ao eleitorado, a cidadania, a mudança de nome deveria corresponder à alteração da concepção política, até os Democratas, que no passado já foram PFL, uma frente que divergiu o Partido da Ditadura, o PDS, um partido notadamente de direita, e deveria continuar assim com esta concepção, tenta se chamar de Centro, deve ser em face da vitória de Macron na França, um centrista.
 
O PTN passou para o Podemos, com pré-candidato a Presidente da República, inspirando-se no Podemos Espanhol, articulado nas mídias sociais, encurralando o PSOL, considerado de centro-esquerda, que já governou a Espanha, com propostas ousadas, e de grande aceitação popular, e a versão nacional já atraiu os ex-jogadores Romário e Marcelinho Carioca.
 
O PT do B, uma dissidência do PTB, agora quer assumir o Avante, nome do tradicional jornal do Partido Comunista de Portugal, mas, tenta caracterizar por outros significados, de pessoal que enfrentam desafios, resolutas, resolvidas, e o Bolsonaro quer o PEN, contudo que se passe a chamar de Patriotas, o PMDB diante das dificuldades criadas, que voltar a se chamar MDB, revelando deste modo,  a necessidade da Reforma Política.
 
A Reforma Política necessária para fortalecer o Estado Democrático de Direito, uma sociedade pluralista, com muitas alternativas e possibilidades, pode abrir a institucionalização de muitos partidos, da direita, centro e esquerda, todavia, que haja cláusulas de barreiras e de acesso ao fundo partidário público, uma vez que, o financiamento público das campanhas está se consolidando, diante de tantas fraudes expostas. 

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