Evandro Borges

31/07/2017 10h13
A compra de lideranças sem mandatos com capacidade de influenciar no pleito eleitoral pelo um preço vil é degradante e decepcionante, a qualquer preço, por dez, quinze ou vinte mil, pessoas com capacidade de opinar, de sugerir, de efetuar formulações, inseridas na sociedade com respeitabilidade, como se passa por uma situação dessas.
 
As denúncias foram com ex-deputados, alguns foram secretários de Estado e de Municípios, dirigiram políticas e programas públicos, coordenaram e foram gestores de recursos públicos, estiveram à frente de segmentos econômicos e órgãos, capazes de distribuírem riquezas e postos de trabalhos, alguns influenciaram a sociedade civil, entretanto revelam assim, que os seus interesses pessoais estavam acima dos objetivos da coletividade.
 
A democracia representativa como é falha, as ações de Estado mesmo se aperfeiçoando é preciso correr um longo caminho, principalmente nos aspectos da moralidade e da ética, da postura, nas relações humanas e pessoais, pois, a compra destas lideranças, demonstra a necessidade de Reforma Política e Eleitoral forte e mais rígida para evitar os mal feitos e desvios de conduta.
 
O desconforto ético na constatação das compras das lideranças que fazem o enfrentamento de opinião nas corporações, nas agremiações, nas associações, na sociedade, é nos dois lados, tanto para quem opera desta forma, sem escrúpulos e para quem se permite ser comprado, por um vintém ou por tostões, merecem o repúdio da sociedade e cidadania.
 
As aquisições das lideranças também se dão por possíveis nomeações nos cargos de confiança na administração pública, para se cobrar empenho nas campanhas eleitorais, e até preparar esquemas de corrupção e desvios na administração, favorecendo o enriquecimento ilícito, em detrimento dos benefícios da população, causando todo tipo de dificuldades, com golpes em todas as esferas.
 
Assim a Reforma Administrativa, para modernizar o Estado, com uma redução drástica dos cargos comissionados, diante dos fatos marcantes denunciados e objeto de operações policiais, deve ser reduzida, em favor da profissionalização dos servidores públicos, abrindo um grande percentual para os servidores de carreira, na tentativa de se buscar a eficiência e moralidade, evitando os desvios e corrupção histórica no país.
 
A cada instante surgem denúncias nos mais diversos órgãos, obras e serviços, deixando a maioria estupefata, sendo necessária a mudança desta cultura na sociedade e na administração, seja pública ou privada, mesmo assim, a democracia brasileira precisa avançar, com pluralismo e eleições, com alternância de poder, e com mais ética na conduta de cada cidadão para escolha dos representantes.  

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