Evandro Borges

24/04/2017 23h45

O dia 28 de abril do ano em curso, as centrais sindicais brasileiras, deixando as divergências de lado, estarão juntas, tentando aumentar a representatividade da mobilização do dia 15 de abril passado, forçando o governo a repensar a reforma previdenciária e ainda sem conquistar número suficiente de Deputados Federais para aprovar a reforma previdenciária proposta.

As centrais estão chamando a população para um grande ato, algumas denominando de greve geral, contra as reformas da previdência, trabalhista e da terceirização, que deforma as relações empregatícias, tentada na Europa Ocidental, mais não conseguindo diminuir o desemprego crônico e estrutural, sendo motivos de reviravoltas, enfrentando a economia global uma crise que teima em não dissipar.

Os números da previdência brasileira são completamente contraditórios ao que o governo federal apresentou, comprometido com o setor rentista e a grande indústria, em detrimento da maioria da população, não sendo capaz em cobrar as dívidas dos grandes devedores, dentre eles o Presidente do Senado, que deveria no mínimo, se abster, em uma postura ética, mas o setor político faz de conta que não ver as mudanças que ocorreram.

O dia 28 de abril, nas vésperas do primeiro de maio, será o dia, de todos aqueles comprometidos com a sociedade, com a população em vulnerabilidade social, com a democracia, inclusão social, com a cidadania, com o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, com um projeto nacional com desenvolvimento humano ir para as ruas, mostrar seu inconformismo com as propostas apresentadas por um governo sem legitimidade.

A mobilização não é partidária, todos os seguimentos da sociedade e dos movimentos sociais vêm se colocando contra a Reforma da Previdência, podendo ser ressaltados, a postura da Igreja Católica, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com Notas claras e explicitas contra a Reforma, do clero e das pastorais, e da OAB que se posicionou contra, tendo os advogados participados de inúmeras mobilizações.

Assim a Reforma da previdência que o governo federal tenta dar um jeitinho, de manipular, aceitando pequenas alterações, para tentar melhorar a cara do monstro, e não modifica a concepção, deve ser dado um basta, a postura de extrema direita e entreguista da economia aos setores rentistas, que mesmo com a crise, conseguem lucros extraordinários e abusivos no Brasil.

O Brasil um país desenvolvido, pluralista, democrático, com potenciais imensos, principalmente de riquezas primárias, necessita ao mesmo tempo de inclusão, e não de marginalização, de formação de guetos e castas, de manter a população em condições de pobreza crônica, precisamos construir um projeto de desenvolvimento sustentável e de liberdade, escravidão bastam quatro séculos.


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