Evandro Borges

13/04/2017 09h47
A lista de Fachin não poupa nenhum partido político, encontra-se aberta para o conhecimento público, formando opinião, parecendo uma Sentença, atingindo a cúpula, de partidos enraizados, que deram Presidente da República como o PSDB, que surgiu no cenário nacional contra o fisiologismo, com uma proposta clara de mudanças, por uma “nova ética”, tendo seu primeiro candidato a Presidente da República, o saudoso Mário Covas, ex-governador de São Paulo.
 
Ao paralelo que se possa fazer com a lista de Schindler, o empresário alemão com sua lista salvou vidas de mais de mil Judeus durante o holocausto, episódio consagrado no filme Norte-americano de 1993 de Spielberg, mas, a lista de Fachin parece um veredito, sem direito a contraditório e ampla defesa, enterra a todos, sepulta muitos, demonstra uma pratica política de captação de recursos públicos para financiamento de campanhas ou de enriquecimento ilícito.
 
Os que estão na lista precisam tomar medidas sérias, se colocar no mínimo a disposição da Justiça, facilitar a instrução, para demonstrar a sua boa fé, e provar que não utilizaram a pratica de obter para si recursos, em troca dos favores dos cargos políticos, em quaisquer esferas, na execução de obras públicas, de licitações previamente ajustadas e marcadas, com preços superdimensionados, da corrupção direta e passiva.
 
Os Partidos considerados de esquerda, que sempre bradaram por uma nova ética, uma nova relação na sociedade, deveriam dar exemplos, provocarem suas comissões de éticas, abrirem procedimentos internos, e realizarem suas apurações, para uma tomada de posição exemplar, sob pena de caírem em descrédito de natureza histórica, mesmo que os denunciados tenham apelo popular, pois neste caso, o tratamento não pode ser diferenciado.
 
Por outro lado, demonstra também, que o Congresso estava amplamente viciado, no caso do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, não tinham a mínima condição de julgá-la, ficando um sentimento de injustiça, sendo um golpe com a finalidade da mudança das políticas para beneficiar os setores rentistas e a grande indústria, sendo o clímax a proposta de reforma da previdência social com toda a sua crueldade, atingindo os que sempre estão na vulnerabilidade social.
 
Finalmente, a presente legislatura do Congresso Nacional, talvez, uma das piores da história, com exceções obviamente, sabem que precisam dar uma boa satisfação à opinião pública, precisam provar ao contrario da delação premiada, e está na lista de Fachin, não permite ficar usando uma cara lisa, como se nada ocorreu, pois, a ética é uma exigência da contemporaneidade, principalmente, após a transparência e das informações que circulam nas redes sociais.

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